Depois de um mês do primeiro registro de infectado por coronavírus no Rio Grande do Sul - de
empresário de Campo Bom, Porto Alegre chega a 133 casos confirmados, com mais de 30 novos casos nos últimos três dias. O boletim divulgado na noite desse sábado (28), também revela outro dado: 16 infectados estão internados em UTIs na Capital. O número teve salto de 60% frente a sexta-feira (27), quando eram 10.
Na sexta, havia 28 doentes com suspeita de Covid-19 em UTIs. Nesse sábado, esse número caiu a 25, o que pode indicar que três casos acabaram tendo a confirmação para o vírus e mais três novos pacientes com a enfermidade foram internados em leitos de terapia intensiva.
O crescimento de internações em leitos, com demanda de UTIs - o que exige mais equipamentos de apoio como respiradores -, é a maior
preocupação das autoridades sanitárias no País e, por isso, o reforço ao isolamento para que mais casos não gerem uma demanda que não poderá ser suportada pelos serviços de saúde. Porto Alegre terá aumento de mais de 200 leitos de UTI. O Hospital de Clínicas já
começou a equipar sua nova CTI, que pode chegar a 105 leitos, nos anexos que foram construídos.
O boletim da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) não dá detalhes sobre a condição de saúde dos doentes em UTIs, mas a condição indica a necessidade de cuidados mais complexos e nível mais crítico dos doentes.
Já o número de curados chega a 17. Havia nesse sábado 64 casos suspeitos e quatro inconclusivos. Porto Alegre teve até agora dois óbitos pela doença - uma mulher de 91 anos e um homem de 88 anos. São as únicas mortes no Rio Grande do Sul.
No Estado, são 226 registros de Covid-19 até esse sábado. A Capital responde por quase 60% das notificações. Bagé vem em segundo lugar com nove casos. O número de notificações que vem a público
quase quadruplicou em uma semana.
No boletim da SMS, que traz o perfil de idade e outras informações sobre local de coleta do exame, a Vigilância Sanitária local esclarece que, com a definição de transmissão comunitária desde o dia 20 deste mês, "são coletados como rotina exames para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e profissionais de saúde com suspeita da doença".