Prefeitos das principais cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) decidiram não acatar as medidas de flexibilização da quarentena. A decisão dos líderes municipais respeita a orientação técnica dos profissionais da saúde, tendo como exemplo o que vem sendo feito em nações que conseguiram frear a difusão da Covid-19. “Nossa atitude diante dessa crise é de prevenção e segurança para a população. A vida não é antagônica aos empregos. Não há vida sem emprego e não há emprego sem vida”, destaca o presidente da Granpal e prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier (PSB).
Para o coletivo de prefeitos, os efeitos da doença precisam ser considerados sob aspectos científicos e estatísticos. “Cuidar das pessoas é o nosso maior compromisso”, avalia o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal (Progressistas). O Decreto Estadual que trata do assunto seguirá balizando as medidas tomadas pelos gestores. No entanto, o período de quarentena será definido individualmente, em cada município.
“Manter o isolamento social e estender por mais alguns dias as determinações que restringem a circulação, a aglomeração e a aproximação das pessoas é priorizar vidas”, destaca o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB).
Na ocasião, por reunião via videoconferência, o grupo avaliou os impactos econômicos do coronavírus e suas consequências no comércio, na indústria e na prestação de serviços das cidades. Todos os presentes acenaram que, assim que possível, as medidas restritivas serão revistas. “Seguiremos preservando e dando estrutura para amparar quem mais precisa de ajuda”, disse o prefeito Marco Alba (MDB), de Gravataí.
Na avaliação dos prefeitos da Granpal (Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), dificilmente os decretos municipais serão flexibilizados antes de 5 de abril. Também estiveram presentes os prefeitos Margarete Ferreti (Nova Santa Rita), Valdir José Elias (Viamão), Luis Link (Sapucaia do Sul) e o secretário de Estado de Articulação e Apoio aos Municípios, Agustinho Meirelles.