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Coronavirus

- Publicada em 29 de Março de 2020 às 15:26

GM e sindicato fecham acordo para adotar layoff em fábrica de Gravataí

Medida com suspensão dos contratos de 6 mil trabalhadores entra em vigor em 14 de abril

Medida com suspensão dos contratos de 6 mil trabalhadores entra em vigor em 14 de abril


CLAITON DORNELLES /JC
Patrícia Comunello
Diante do que deve ser a maior crise gerada por uma pandemia que está paralisando a economia, a General Motors e os metalúrgicos da fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, estão prestes a selar um acordo para adoção de layoff, que  é a suspensão temporária dos contratos de trabalho. A unidade está em férias coletivas desde o dia 20. Mais indústrias com plantas no Estado pararam a produção. Decretos municipais também estão determinando as suspensões de trabalho para reduzir os riscos de transmissão da Covid-19.   
Diante do que deve ser a maior crise gerada por uma pandemia que está paralisando a economia, a General Motors e os metalúrgicos da fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, estão prestes a selar um acordo para adoção de layoff, que  é a suspensão temporária dos contratos de trabalho. A unidade está em férias coletivas desde o dia 20. Mais indústrias com plantas no Estado pararam a produção. Decretos municipais também estão determinando as suspensões de trabalho para reduzir os riscos de transmissão da Covid-19.   
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A proposta já negociada entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) e a direção da montadora prevê quatro meses de suspensão. Para ser oficializada, a medida terá de ter a aprovação dos empregados. Eles participam, quinta-feira (2), de consulta por meio digital. O presidente do Sinmgra, Valcir Ascari, diz que é "uma questão de manutenção de 2 mil empregos" e dá como certa a chancela dos trabalhadores.   
O principal efeito do layoff é no fluxo de salários, que terão percentuais de redução sobre o valor líquido. Quanto menor a remuneração, menor será o corte. Quem recebe até R$ 2.090,00, receberá 95% do valor; entre R$ 2.091,00 e R$ 5 mil, 90% do salário; entre R$ 5.001,00 e R$ 10 mil, serão 85%; R$ 10.001,00 a R$ 20 mil, o valor a ser pago é de 80%; e quem ganha acima de R$ 20 mil, terá 75% da remuneração por quatro meses. 
O layoff seria aplicado a partir de 14 de abril. Neste momento, os 3 mil empregados diretos da montadora e os 3 mil das empresas sistemistas, que são fornecedoras de autopeças e estão, em sua maioria, no Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag), às margens da BR-290 (freeway), estão em casa em férias coletivas. A produção, portanto, está parada há quase dez dias.
A fábrica é uma das produtivas do mundo da GM e estava operando em três turnos devido à grande demanda de veículos Onix, montado no parque industrial. O modelo estreou em 2019, com a nova plataforma, que teve investimento de R$ 1,4 bilhão na unidade de Gravataí. 
A negociação das novas condições de relação de trabalho ocorreram na última semana, por meio de vídeo conferência. Segundo nota do sindicato, a decisão ocorreu após análise "das medidas sanitárias já adotadas pela montadora, como as férias coletivas, com o isolamento dos trabalhadores, bem como as necessárias para manter os salários e os níveis de emprego".
Em nota, a GM disse que discute a adoção de layoff e redução de jornada com os sindicatos tanto em Gravataí como em São Caetano do Sul, onde tem unidades, "ambas com impacto de redução salarial", para "manter empregos". A empresa indica que banco de horas, férias e outros planos de redução não seriam suficientes diante da crise "sem precedentes que o Brasil e o mundo enfrentam". 
"Importante ressaltar que essas medidas são emergenciais e temporárias, tendo como objetivo a preservação dos empregos, contribuindo com os esforços do governo federal e governos estaduais e municipais", completa a nota. A GM também projetou que pode rever o calendário, caso a situação da pandemia tenha reversão.
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