O Rio Grande do Sul já conta com 190 casos, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Quase 20 casos a mais que essa quarta-feira (25). Porto Alegre lidera com 103 pessoas infectadas - o número deve crescer pois a secretaria de Saúde local atualiza os dados tarde da noite. O Estado tem casos confirmados em 43 municípios.
Depois da Capital, Bagé tem mais caso, com nove, e em crescimento. Canoas tem sete, e depois vem Torres e Caxias do Sul com seis cada uma.
De quarta-feira para esta quinta-feira,
houve um crescimento de 20 óbitos no País. Com as 77 mortes, o índice de letalidade (mortes em relação às contaminações notificadas) é de 2,7% Os estados com maior número de infectados são: São Paulo (1.052), Rio de Janeiro (421) e Ceará (235). São Paulo contabiliza 58 óbitos. O Rio Grande do Sul aparece com 68 casos, porque a base não foi atualizada.
O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, projetou cenário dos próximos 30 dias. “A previsão é de que teremos 30 dias muito difíceis. Provavelmente, estejamos na fase crítica da pandemia. Não vamos começar a reduzir os casos em 30 dias. Vamos enfrentar isso”, afirmou.
Gabbardo não quis fazer uma projeção de casos e de óbitos, mas espera que, com a ampliação da testagem, a taxa de letalidade caia. “A previsão de número de casos é muito difícil de fazer. Essas simulações são muito precoces. Trabalhamos com vários cenários. O número de casos depende da transmissão da doença e da quantidade de testes que fizermos. Quantos mais testes fizermos, maior será a identificação de casos. Temos uma letalidade de 2,6% sem ampliarmos a testagem, ainda fazendo aquela testagem lá do início do processo. Vamos fazer o possível para ter o menor número de casos e de óbitos nos próximos 30 e 60 dias”, completou.
Segundo gestor, é esperado que, em um período de 20 a 30 dias, o número de óbitos e casos diários seja sempre maior do que os do dia anterior. O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira disse ainda ser muito cedo para avaliar o resultado das medidas de isolamento social. “Estamos ainda no início da epidemia. Como epidemiologista, posso dizer que é muito precoce avaliar o impacto das nossas medidas nesse momento. Mas não tenho dúvida de que elas irão influenciar.”
Também nesta quinta-feira, o ministério lançou a nova plataforma nacional que atualiza os casos (https://covid.saude.gov.br/). A base de dados será atualizada diretamente pelos estados e municípios, dando um panorama em tempo real do cenário nacional.