O número de mortes na Itália em decorrência da Covid-19 cresceu em 743 nas 24 horas entre segunda (23) e terça-feira (24), um novo aumento depois de dois dias seguidos de redução nos números. Nesta quarta-feira (25) já eram 7.503 as vítimas fatais da doença causada pelo novo coronavírus.
O número de novas infecções cresceu em 3.612 de terça para quarta-feira, fazendo o total de pessoas infectadas pelo coronavírus chegar a 74.386 na Itália. O número de pessoas infectadas atualmente, dado que exclui curados e mortos, é de 57.521 pessoas.
Também ontem, o governo da Itália aprovou medidas mais duras para restringir a circulação de pessoas. De acordo com a agência de notícias italiana Ansa, entre as medidas estão multas de até € 4 mil e o confisco de veículos.
Segundo o estudo "Taxa de letalidade e características dos pacientes que morrem com Covid-19 na Itália", publicado no Jornal da Associação Médica Americana em 23 de março, as características demográficas da população italiana diferem de outros países.
Em 2019, aproximadamente 23% da população italiana tinha 65 anos ou mais. E a Covid-19 é mais letal em pacientes mais velhos, o que pode explicar, em parte, a maior taxa de mortalidade por casos da Itália em comparação com a de outros países.
Já um estudo internacional divulgado ontem na Science, assinado por cientistas de alguns dos principais centros de pesquisa do mundo - Universidade de Oxford, no Reino Unido; Universidade de Harvard, nos EUA; e Instituto Pasteur, na França -, mostra que as drásticas medidas de controle implementadas na China reduziram substancialmente a disseminação da Covid-19.
Os autores enfatizaram que as medidas de distanciamento social funcionam, mas é necessário esperar algum tempo para que os seus efeitos positivos sejam notados. Entre as ações adotadas pela China estão a quarentena de cidades inteiras, o fechamento de serviços não essenciais e a restrição nas viagens aéreas. O estudo foi feito com dados de plataformas móveis, obtidos em tempo real, na cidade de Wuhan, epicentro da epidemia que começou em dezembro.
No país asiático, o total de pessoas infectadas chegou, ontem, a 81.661, com 73.773 recuperados e 3.285 mortes.