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Coronavirus

- Publicada em 25 de Março de 2020 às 14:52

Coronavírus: Taxa de ocupação na hotelaria cai para 12% em Porto Alegre

Proprietário do Ritter Hotéis diz que algumas empresas inclusive já fecharam as portas

Proprietário do Ritter Hotéis diz que algumas empresas inclusive já fecharam as portas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Adriana Lampert
Empresários do setor informam que a queda das taxas de ocupação na hotelaria da Capital foi de 12%, após as medidas de contenção do avanço da epidemia de Covid-19 (Novo Coronavírus). Segundo um levantamento do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (SHPoa), alguns empreendimentos chegam a registrar taxa de ocupação de 2% e apenas aguardam que os hóspedes façam o check-out para suspender as atividades. O proprietário do Ritter Hotéis, Ricardo Ritter, complementa que algumas empresas inclusive já fecharam as portas. “Não vi o estudo do SHPoa, mas falando com colegas do setor, acredito que mais de 50% deve entrar na quarentena.”
Empresários do setor informam que a queda das taxas de ocupação na hotelaria da Capital foi de 12%, após as medidas de contenção do avanço da epidemia de Covid-19 (Novo Coronavírus). Segundo um levantamento do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (SHPoa), alguns empreendimentos chegam a registrar taxa de ocupação de 2% e apenas aguardam que os hóspedes façam o check-out para suspender as atividades. O proprietário do Ritter Hotéis, Ricardo Ritter, complementa que algumas empresas inclusive já fecharam as portas. “Não vi o estudo do SHPoa, mas falando com colegas do setor, acredito que mais de 50% deve entrar na quarentena.”
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“Decretar calamidade pública era inevitável. No entanto, os impactos ao setor hoteleiro serão preocupantes”, afirma o presidente do Sindicato, Carlos Henrique Schmidt. “O momento exige muita resiliência dos gestores para que, após a turbulência, possamos nos reestruturar.” A pesquisa feita também aponta que alguns hotéis estão indicando hóspedes uns para os outros para suspenderem as atividades. “É um momento delicado que exigirá criatividade e dedicação”, destaca o dirigente do SHPoa. De acordo com Schmidt, algumas operações estão fazendo preços promocionais para sobreviver durante o período. “Inclusive há casos onde oferecem valores especiais para profissionais da saúde”, ressalta.
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Presidente do SHPoa, Schmidt reforça que impactos ao setor hoteleiro serão preocupantes. Foto: Fredy Vieira/Arquivo/JC
Para a pesquisa, foram entrevistados 12 hotéis de diferentes bairros de Porto Alegre. Localizado no Centro, o Hotel Plaza São Rafael foi o empreendimento que apresentou a maior taxa de ocupação (cerca de 30%). A empresa é uma das que implementaram tarifas promocionais para enfrentar a crise. No caso do Plaza, os descontos superam os 30%. Para que isso fosse viabilizado, o hotel reduziu e simplificou o café da manhã. Segundo a direção do empreendimento, “neste momento, as tarifas promocionais já não estão mais surtindo muito efeito” e a empresa já avalia a possibilidade de pausar as atividades na semana que vem.
Contando com 237 apartamentos divididos em duas torres, o Ritter Hotéis já fechou 200 unidades habitacionais desde a semana passada. Na noite desta terça-feira contava com hóspedes distribuídos em 14 quartos. “Na verdade, estamos trabalhando com uma ocupação de 10 apartamentos/dia nos últimos sete dias, o que dá uma taxa menor que 5%”, informa Ricardo Ritter. “Ficamos num certo dilema de manter as portas abertas, porque a operação não se torna viável. Estamos analisando dia a dia, e se chegarmos em um numero crítico teremos que encerrar as atividades.”
O diretor do Eko Residence Hotel, Daniel Antoniolli, afirma que no dia do levantamento do SHPoa, a empresa estava operando com 10% de ocupação. “Hoje (quarta-feira) a ocupação caiu ainda mais e estamos pausando as atividades” até o final do dia, avisa o empresário.
 
Adriana Lampert
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