O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, informou nesta terça-feira (24) que o estado vai adquirir entre 50 mil e 100 mil kits de testes rápidos de coronavírus. Leite também afastou a adoção de isolamento total (lock down) para barrar o avanço da transmissão da doença. Nesta terça, o governador participou de
teleconferência com o presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e governadores do Sul.
Leite diz que aguarda os testes rápidos que o governo federal vai fornecer, mas que o Estado se organiza para a aquisição de kits também. Os exames serão direcionados para profissionais da saúde e servidores públicos de áreas essenciais, além de testes por amostragem. "Vamos fazer contato com universidades, como a UFPel, para coordenar um esforço para trabalhar com grupos específicos para acompanhar a evolução do contágio do vírus e definir estratégias", explicou ele.
Já sobre medidas mais duras de restrição ao fluxo das pessoas, como o chamado lock down, que é o confinamento total que já foi adotado em outros países com elevada incidência da doença como na China e Itália, Leite descartou por enquanto. "Ainda não chegamos neste ponto", disse Leite. O governador aguarda estudos atualizados sobre a evolução dos casos e como se situa o chamado pico de transmissão.
Ele adiantou que já pediu à Procergs que estruture um sistema on-line para que as pessoas possam acessar e emitir um 'alvará' para poder sair de casa. Este tipo de autorização, que é fiscalizado pelas autoridades de segurança, é usado na Itália onde o isolamento total continua. A Europa é hoje o epicentro da pandemia.
Até essa segunda-feira (23), a Secretaria Estadual da Saúde (SES) computou 96 casos, mas o número é muito maior, já que só Porto Alegre informou que tem 68 casos. O informe epidemiológico da SES aponta ainda 41 casos apenas. Leite disse que está buscando também maior coordenação na divulgação dos registros entre prefeituras e Estado para que não haja as diferenças de números.