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Coronavirus

- Publicada em 17 de Março de 2020 às 21:17

Bares e restaurantes preveem prejuízo para fechar as contas

Rafael Corte e Guilherme Carlin, sócios do Espaço Cultural 512.

Rafael Corte e Guilherme Carlin, sócios do Espaço Cultural 512.


/NÍCOLAS CHIDEM/JC
Carlos Villela
Preocupados com o impacto do coronavírus no faturamento, proprietários de bares e restaurantes já estão se adequando para enfrentar as próximas semanas, com a queda abrupta no movimento.
Preocupados com o impacto do coronavírus no faturamento, proprietários de bares e restaurantes já estão se adequando para enfrentar as próximas semanas, com a queda abrupta no movimento.
Um dos proprietários do Espaço 512, Rafael Corte, explica que a partir de hoje o local, na parte das atividades culinárias, vai operar apenas com tele-entrega ou retirada no local. A casa, que também recebe shows, cancelou a programação cultural presencial mas inovou ao decidir fazer transmissão de shows por streaming. "Está todo mundo preocupado", afirma Corte. "Os donos de bares têm conversado bastante para ver quais ações tomar em conjunto, não conseguimos resultado porque dependemos do governo."
De acordo com a presidente da seccional gaúcha da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/RS), Maria Fernanda Tartoni, uma estimativa prévia é que houve redução em torno de 30% no número de clientes neste fim de semana em comparação com o anterior. "Em alguns lugares se tem 50% a 70% de queda no movimento. A gente sentiu drasticamente o que está acontecendo", diz. Ela afirma que, infelizmente, o impacto negativo - que pode envolver inclusive fechamento de negócios que não estão preparados - é inevitável. "A gente vem de uma crise faz um bom tempo, com pico entre 2018 e 2019, então o setor já não vai bem", explica. 
Para Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, as medidas adotadas antecipam os efeitos econômicos e reduzem riscos de impactos mais profundos. De acordo com o presidente, a entidade fez uma avaliação dos primeiros impactos do Covid-19 na economia - a orientação de redução de circulação de pessoas já reflete em queda de movimento nos estabelecimentos comerciais, que deve se acentuar com a suspensão das atividades em escolas. "Estamos preocupados com os próximos passos para que não pare total a atividade econômica", explica Bohn.  
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