Após já ter recebido a licença de instalação para a construção de um hipermercado da Companhia Zaffari, entre os bairros porto-alegrenses Jardim Botânico e Petrópolis, o Complexo Belvedere, capitaneado pelo grupo Máquinas Condor, aguarda a liberação dos dois outros empreendimentos que compõem a iniciativa, um shopping center e duas torres comerciais, para começar as obras. De acordo com o diretor da Máquinas Condor André Meyer da Silva, a expectativa é que as liberações sejam concedidas em breve pela prefeitura de Porto Alegre.
"A partir do início das obras, o complexo deve levar cerca de três anos para ser concluído", adianta o empresário. Meyer recorda que a ideia do empreendimento se originou em meados da década de 1990. A iniciativa será desencadeada entre as avenidas Senador Tarso Dutra e Cristiano Fischer e somente os prédios, sem contar os valores dos terrenos, deverão absorver um investimento de mais de R$ 320 milhões. No total, o aporte no complexo está estimado em cerca de R$ 850 milhões.
O projeto foi protocolado inicialmente em 1995 somente como um shopping center. Desde então, a proposta passou por audiências públicas em 2002, foi aprovado em 2004 e, depois, colocado em hibernação até 2006, quando os empreendedores assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público se comprometendo a readequar o projeto por conta de reservas subterrâneas de água no terreno.
A licença de instalação para o hipermercado que fará parte da modelagem atual do complexo foi concedida em julho deste ano. A área construída dessa edificação será de 33,4 mil metros quadrados e, apenas nessa estrutura, o investimento será superior a R$ 60 milhões, sendo esperada a criação de aproximadamente 700 empregos diretos. Já as duas torres comerciais e o shopping que completam o complexo Belvedere ocuparão, respectivamente, áreas de 32 mil metros quadrados e 146,5 mil metros quadrados. O projeto abrange, também, estacionamentos e a entrega de uma série de contrapartidas para a cidade, que incluem uma praça aberta ao público e a estrutura viária do entorno.
Sobre o shopping center, Meyer explica que era um desejo seu, há 25 anos, participar de um empreendimento do tipo. No entanto, o empresário afirma que abandonou a ideia e, hoje, o planejamento do complexo Belvedere prevê que, quando a estrutura estiver finalizada, a administração do shopping será repassada para alguma empresa do setor.