Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Editorial

Editorial

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2022 às 20:35

O encontro Brasil e Rússia para além dos fertilizantes

A visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Moscou, com um demorado encontro com o presidente Vladimir Putin, acendeu, como já é quase rotina, críticas e apoios ao encontro. Com cerca de duas horas de duração, o encontro mostrou os dois mandatários próximos, sem máscaras e demonstrando convergências. Superficiais, por enquanto, mas uma boa sintonia.
A visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Moscou, com um demorado encontro com o presidente Vladimir Putin, acendeu, como já é quase rotina, críticas e apoios ao encontro. Com cerca de duas horas de duração, o encontro mostrou os dois mandatários próximos, sem máscaras e demonstrando convergências. Superficiais, por enquanto, mas uma boa sintonia.
Como previsto, Bolsonaro tratou de assuntos econômicos com o dirigente russo. O Brasil importa grandes valores de agrotóxicos, adubos e fertilizantes russos, enquanto exporta grãos e carnes para a Rússia. A visita entre os chefes de estado foi acompanhada por outros países, pois a Rússia deslocou soldados e armas para a fronteira com a Ucrânia, no leste da Europa.
A relação entre os países na economia soma pequenas quantias na balança econômica. Em questão de valores, a Rússia foi responsável por
R$ 8,8 bilhões em exportações do Brasil no ano passado. As exportações para a Rússia representam 0,6% dos envios da balança comercial. O valor é o menor em 20 anos.
O Brasil vende soja, frango, carnes, café, açúcar e amendoim para os russos. Para aplicar nas lavouras nacionais, o Brasil compra defensivos agrícolas, adubos e fertilizantes da Rússia. No ano passado, 60% da importação russa para o Brasil foram em químicos agrícolas, R$ 18,27 bilhões.
Importante realçar que, juntos, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul compõem o grupo Brics, iniciais dos países, órgão internacional de comércio e cooperação. A visita de Bolsonaro busca aproximar comercialmente o Brasil e a Rússia.
Com 140 milhões de habitantes, a Rússia é mercado onde há espaço para maior presença dos produtos brasileiros. Por isso, nas ruas de Moscou são vistas hoje imagens de produtos que desejamos exportar para a Rússia. Mas, apesar do aconselhado em contrário, o presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer uma ilação inexistente entre sua visita a Moscou e o anúncio da retirada de parte das tropas russas que se exercitavam em torno da Ucrânia, o que leva o Ocidente acusar Vladimir Putin de querer invadir o país vizinho.
Realmente, havia países que achavam que a visita seria em momento bem inoportuno, mas a agenda presidencial foi mantida.
Fica uma sensação de que, marcada muito antes da tensão mundial por conta das tropas russas na fronteira da Ucrânia, a visita poderá abrir novos negócios para produtos brasileiros, o que sempre é muito desejável.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO