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Consumo em restaurantes cresce 8,2% em março, mostra índice Fipe e Alelo
Cenário é negativo para os supermercados, com queda de 4% no faturamento
O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias registrou aumento de 8,2% em março, em comparação com o mesmo mês de 2021, é o que apontam os índices divulgados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo.
Os dados, que avaliam o desempenho dentro do cenário da pandemia e consideram a inflação no período (ou seja, são calculados em termos reais) mostram que, em contraponto, os supermercados apresentam números negativos com queda de 14% no faturamento no mês de março.
Os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) revelam alta de 15,2% na quantidade de vendas e de 1,7% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação no mês de março.
“Acreditamos que esses resultados são reflexo da volta ao trabalho presencial e dos eventos sociais, que refletem diretamente nos indicadores dos restaurantes, bares, padarias e lanchonetes. Já no caso dos supermercados, a elevação nos preços dos alimentos tende a afetar o comportamento dos consumidores”, destaca Cesario Nakamura, presidente da Alelo.
Em relação aos Índices de Consumo em Supermercados (ICS), os dados de março, em comparação com o mesmo período de 2021, indicam que o segmento encerrou o período com baixa de 2,0% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação e 15,3% na quantidade de vendas.
Panorama pré-pandemia dos indicadores
Quando observamos as variações calculadas comparando 2022 com 2019, período pré-pandemia, o ICR mostra queda em três indicadores em março: -31,2% no faturamento, -43,5% na quantidade de vendas e -4,5% no número de estabelecimentos que realizou transações.
Ao analisar o comportamento de consumo em supermercados, de acordo com o ICS, observamos um aumento de 3,8% no faturamento e 9,5% no número de estabelecimentos que registrou ao menos uma transação, enquanto houve queda de 7,3% na quantidade de vendas.
Segundo os pesquisadores da Fipe, embora o segmento de supermercados tenha atravessado a pandemia sem grandes problemas (na prática, até se favorecendo de uma possível migração do consumo de bares e restaurantes, dado o isolamento social e o trabalho remoto), o mesmo não pode ser afirmado em tempos recentes, com a elevação nos preços dos alimentos. Comparativamente, no caso de restaurantes, embora os efeitos da pandemia ainda persistam nos números de volume e valor, os resultados mais recentes (comparativo últimos 12 meses) destacam uma evolução positiva desses serviços. Uma hipótese é que com a redução dos casos e óbitos da pandemia, as pessoas têm retornado de forma mais consistente e generalizada ao trabalho presencial, a eventos e ao convívio social.
Vale destacar que os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up). Ambos são calculados com base nas operações realizadas a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.
Dados regionais
Em termos regionais, adotando como parâmetro a variação do valor gasto em restaurantes entre março de 2019 (período pré-pandemia) e março de 2022, é possível notar um maior impacto na região Nordeste (-36,1%). Entre as demais, a queda foi de: Sudeste (-31,3%), Centro-Oeste (-31%), Sul (-29,2%) e Norte (-28,4%).
Individualmente, as unidades federativas mais impactadas em março foram: Rio de Janeiro (-43,1%), Ceará (-41,5%), Bahia (-40,8%), Pernambuco (-36,4%), Maranhão (-37,9%), Pernambuco (-36,4%), Distrito Federal (-35,8%), Rio Grande do Sul (-35,2%) e Amazonas (-34,3%). Já entre as unidades com aumento e/ou quedas menos expressivas, destacaram-se: Acre (+48,5%), Roraima (+48,4%), Rondônia (+9,5%), Alagoas (-4,3%), Mato Grosso do Sul (-9,3%) e Sergipe (-13,2%). Além das unidades federativas citadas, vale mencionar o impacto sobre o consumo em: São Paulo (-28,4%), Minas Gerais (-27,3%), Paraná (-26,0%) e Santa Catarina (-26,2%).