Com a parada de manutenção das suas plantas de polietileno, polipropileno e da central de matérias-primas no Polo Petroquímico de Triunfo, que já está em andamento, somada à parada da unidade de eteno verde (produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar), prevista para novembro, e outra série de melhorias, a Braskem desembolsará um expressivo montante no Rio Grande do Sul neste ano. O diretor industrial da empresa, Nelzo Silva, informa que, atualmente, a estimativa do investimento nas ações é de R$ 957 milhões.
A manutenção das estruturas alimentadas com insumos fósseis deve encerrar no dia 30 de julho. Com os serviços promovidos durante as paradas, Silva comenta que serão gerados mais de 4 mil postos de trabalho temporário, sendo o ápice entre março e maio. “O principal foco das paradas é o de que, ao terminar, as plantas estejam em um novo patamar de segurança e performance, com update tecnológico”, enfatiza.
O diretor industrial frisa ainda que a companhia está investindo em segurança, novas tecnologias digitais, robotização, Indústria 4.0, recursos materiais e humanos e executando atividades de limpeza e de reparos nas unidades. Também serão instalados equipamentos que reduzem o consumo de energia e trocados todos os sistemas computadorizados e responsáveis pelos controles do processo de produção.
Silva ressalta que para garantir que os clientes da empresa e o mercado continuem abastecidos com as resinas termoplásticas, durante o período de manutenção, a Braskem atua com o planejamento de produção e estocagem prévia. Como será um ciclo de paradas, as unidades produtivas não param todas ao mesmo tempo, garantindo o fornecimento de material para as demais indústrias da cadeia. Além disso, ele lembra que existem outras plantas industriais da Braskem no Brasil que fornecem os mesmos produtos das estruturas do Rio Grande do Sul.
Já quanto ao complexo de eteno verde, Silva adianta que a parada prevista para o último trimestre do ano também será aproveitada para avançar nas obras de ampliação da capacidade de produção da unidade em 30% (de 200 mil toneladas para 260 mil toneladas anuais). Ainda na área de biopolímeros, a Braskem fechou recentemente uma parceria com a norte-americana Lummus Technology que visa licenciar internacionalmente a tecnologia utilizada na produção de eteno renovável da companhia brasileira. A iniciativa pretende acelerar o uso de bioetanol na produção de químicos e plásticos, apoiando os esforços do setor para uma economia circular de carbono neutro.