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Petróleo fecha em forte alta, após confirmações de sanções ao óleo da Rússia
Na Nymex, o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em alta de 3,60% (US$ 4,30), a US$ 123,70, no maior nível em 14 anos
O petróleo fechou com fortes ganhos nesta terça-feira, estendendo o movimento de segunda-feira. O foco do mercado esteve nas sanções impostas ao petróleo da Rússia, na esteira do conflito na Ucrânia. Mais tarde, investidores também devem acompanhar os dados de estoques de petróleo do American Petroleum Institute (API).
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em alta de 3,60% (US$ 4,30), a US$ 123,70, no maior nível em 14 anos. Enquanto e o do Brent para maio avançou 3,87% (US$ 4,77) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 127,98.
Os preços do petróleo no mercado futuro aceleraram altas após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar a decisão de proibir a importação de petróleo e gás da Rússia. Além disso, o Reino Unido irá interromper gradualmente a importação do óleo e seus derivados da Rússia até o fim deste ano, confirmou o secretário de Negócios e Energia do país, Kwasi Kwarteng. Já a Comissão Europeia propôs um plano para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos "bem antes" de 2030.
O Barclays prevê que o petróleo possa ultrapassar a marca dos US$ 200 por barril no pior cenário das sanções à Rússia. No entanto, o banco mantém sua projeção para o petróleo Brent em US$ 92 por barril neste ano, uma vez que a "situação continua altamente fluida". "No entanto, uma interrupção da maioria dos suprimentos marítimos russos pode resultar em um aumento do Brent acima de US$ 200 por barril no pior dos casos", reforça.
Para a Eurasia Group, é improvável que a União Europeia se junte imediatamente às sanções dos EUA e do Reino Unido, apesar da pressão pública. "Ainda há uma probabilidade de 65% de proibições parciais de petróleo da UE em nosso cenário base, mas é improvável que haja ação na próxima semana", destaca a consultoria, em relatório enviado a clientes. "A relutância da UE em aderir à proibição dos EUA não sinaliza uma ruptura na resposta transatlântica, que continuará bem coordenada", pondera.
No setor privado, a Shell anunciou nesta terça-feira planos de gradualmente abandonar operações de petróleo e gás natural na Rússia. De imediato, a petrolífera britânica está interrompendo todas as compras à vista de petróleo bruto russo e não renovará mais contratos com o país.