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Petróleo fecha em queda, com possibilidade de diálogo entre Rússia e Ucrânia
Apesar da queda, o petróleo sustentou ganhos no acumulado semanal, após ter disparado acima de US$ 100 quando a Rússia iniciou a ofensiva militar
O petróleo terminou a sessão desta sexta-feira (25), com perdas, pressionado por sinalizações de que Rússia e Ucrânia podem voltar as mesas de negociação para discutir uma saída diplomática para o confronto bélico instaurado no Leste Europeu. Por outro lado, o óleo sustentou ganhos no acumulado semanal, após ter disparado acima de US$ 100 quando a Rússia iniciou a ofensiva militar.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em baixa de 1,31% (US$ 1,22) nesta sexta e subiu 1,53% na semana, a US$ 91,59, enquanto o do Brent recuou 1,36% (US$ 1,30) nesta sexta-feira e ganhou 2,98% nos últimos sete dias, a US$ 94,12, na Intercontinental Exchange (ICE).
O petróleo começou a perder fôlego no mercado futuro nesta sexta diante da perspectiva de que as sanções de aliados ocidentais à Rússia pouparam, até agora, o setor de energia do país. "Por enquanto, os produtores de commodities foram poupados, pois o Ocidente não sinaliza intenção de interromper a produção de matérias primas críticas, sinalizando pouco apetite político por sanções com consequências inflacionárias", comenta o TD Securities.
O movimento se intensificou - chegando a provocar queda de quase 3% nos contratos - após o Kremlin sinalizar que pode reiniciar negociações diplomáticas com os ucranianos.
A Capital Economics estima, em relatório, que cerca de 40% do preço atual do petróleo é adição do atual prêmio de risco, que tende a despencar em caso de alívio das tensões no Leste Europeu, "ainda que seja claramente improvável que isso ocorra em breve", diz.
Como resultado, embora tenha elevado suas projeções de curto prazo para o preço do petróleo, a Capital continua a prever preços mais baixos no médio prazo, "sob a suposição de que esses prêmios de risco acabarão por diminuir".
Também foi acompanhado pelo mercado nesta sexta o comunicado divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), em que seu diretor executivo, Fatih Birol, afirmou que o conflito na Europa alimenta preocupações para o setor global de energia. O documento veio após reunião do dirigente com 31 membros da AIE.
Além disso, fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deverá manter a estratégia dos últimos meses e aprovar mais um aumento de 400 mil barris por dia (bpd) em sua produção para abril, durante reunião marcada para 2 de março, apesar da invasão da Ucrânia por forças russas.