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Combustíveis

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2022 às 16:31

Obras da usina de etanol da CB Bioenergia podem começar em fevereiro no RS

Complexo iniciará com capacidade para 10 milhões de litros ao ano

Complexo iniciará com capacidade para 10 milhões de litros ao ano


CB Bioenergia/Divulgação/JC
Jefferson Klein
Dentro da perspectiva de que o Rio Grande do Sul comece a desenvolver a produção de etanol que não seja baseada na cultura da cana-de-açúcar, um dos projetos mais adiantados nesse sentido é o da CB Bioenergia, que será implementado no município de Santiago e usará como matéria-prima principal o trigo. Conforme o proprietário da empresa, Cássio Bonotto, o empreendimento conta com a licença ambiental prévia e a expectativa é obter o licenciamento de instalação ainda em fevereiro, possibilitando assim começar a obra nesse mesmo mês.
Dentro da perspectiva de que o Rio Grande do Sul comece a desenvolver a produção de etanol que não seja baseada na cultura da cana-de-açúcar, um dos projetos mais adiantados nesse sentido é o da CB Bioenergia, que será implementado no município de Santiago e usará como matéria-prima principal o trigo. Conforme o proprietário da empresa, Cássio Bonotto, o empreendimento conta com a licença ambiental prévia e a expectativa é obter o licenciamento de instalação ainda em fevereiro, possibilitando assim começar a obra nesse mesmo mês.
O empresário detalha que o complexo será feito de forma modular, ou seja, terá uma capacidade em um primeiro momento que será aumentada em uma segunda etapa. Dentro da primeira fase, que absorverá um investimento de cerca de R$ 75 milhões, a ideia é que a usina inicie a operação até dezembro deste ano. Bonotto informa que boa parte dos equipamentos que serão utilizados na atividade já foi contratada com o grupo Ampla, de Getúlio Vargas.
A estrutura começará trabalhando com 75 toneladas de trigo ao dia como matéria-prima para a fabricação do etanol. “O nosso foco é o trigo porque eu sou produtor”, explica o proprietário da CB Bioenergia. Ele reforça que a preferência será pelo uso desse cereal, principalmente por aquele que não for de boa qualidade, mas o complexo pode operar também com triticale, sorgo, milho e outros. A produção nessa fase inicial será de até 10 milhões de álcool hidratado (usado diretamente como combustível nos tanques dos veículos) por ano e ainda gerará em torno de 18 mil toneladas de farelo anuais que podem ser utilizadas para ração animal. O etanol será destinado ao uso da aviação agrícola e de postos da região.
A partir do segundo ano de funcionamento da usina, Bonotto comenta que a intenção é ampliar a capacidade da estrutura e o complexo deverá processar 500 toneladas ao dia de trigo, para produzir 70 milhões de litros de etanol anualmente e 120 mil toneladas de farelo. Nessa fase do empreendimento, será enfocada a produção de etanol anidro (que vai misturado com a gasolina). O aporte nessa expansão será de cerca de R$ 500 milhões e, como a demanda será maior, a perspectiva é de obter matéria-prima também de outros produtores locais.
O empresário adianta que o projeto espera contar com os incentivos fiscais previstos pelo Programa Estadual de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Etanol (Pró-Etanol/RS) para iniciativas implementadas nessa área de atividade. Na construção da planta deverão ser gerados de 80 a 100 empregos entre diretos e indiretos e no funcionamento da usina mais 40 a 50 postos de trabalho.
O prefeito de Santiago, Tiago Gorski Lacerda (PP), argumenta que a operação da unidade agregará muito para o município. “Especialmente para a tão sonhada industrialização da nossa região”, frisa o dirigente. Outro ponto salientado pelo prefeito é que o complexo, ao utilizar o trigo, servirá para agregar valor às culturas de inverno plantadas no Rio Grande do Sul. Larcerda acrescenta que, além do investimento na usina de etanol, a CB Bioenergia está envolvida, em parceria com a Rede Sim, na instalação de um posto de combustíveis em Santiago.
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