Um megaempreendimento de geração de energia eólica a ser construído nos territórios de três cidades da Fronteira Oeste gaúcha (Alegrete, Quaraí e Uruguaiana) deu mais um passo para a sua materialização ao obter da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) a licença prévia para seguir adiante. O Complexo Eólico Três Divisas tem dimensões destacadas tanto quanto à área que será ocupada como à capacidade de produção e ao investimento estimado.
Um megaempreendimento de geração de energia eólica a ser construído nos territórios de três cidades da Fronteira Oeste gaúcha (Alegrete, Quaraí e Uruguaiana) deu mais um passo para a sua materialização ao obter da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) a licença prévia para seguir adiante. O Complexo Eólico Três Divisas tem dimensões destacadas tanto quanto à área que será ocupada como à capacidade de produção e ao investimento estimado.
A iniciativa prevê 180 aerogeradores, cada um com 4,5 MW de potência, que serão implantados em 18 parques eólicos, totalizando 810 MW de capacidade instalada. Esse número corresponde a quase metade da potência das usinas eólicas em operação atualmente no Rio Grande do Sul, que é de aproximadamente 1,8 mil MW, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O empreendimento ocupará uma área de 20.928 hectares (o que equivale a cerca de 565 parques da Redenção, em Porto Alegre).
Segundo o diretor da Ybytu Empreendimentos de Energia Renovável (empresa responsável pelo projeto), Pedro Mallmann, a estimativa de investimento para viabilizar o total dos 810 MW é de cerca de R$ 3,6 bilhões. Ele informa ainda que está sendo avaliado o ambiente em que será comercializada a futura geração, mas a tendência é que seja no mercado livre de energia (do qual participam grandes consumidores, como indústrias e shopping centers, que podem escolher de quem vão adquirir o insumo).
“Esse é um projeto que está sendo desenvolvido desde 2015, contando com um apoio fantástico das três prefeituras e dos proprietários (das áreas abrangidas, são mais de cem propriedades envolvidas)”, frisa o executivo. A expectativa de Mallmann é que seja possível obter a licença ambiental de instalação para o empreendimento no próximo ano.
A perspectiva é que sejam criados em torno de 200 empregos diretos durante a fase de implantação do complexo. Já o funcionamento da estrutura exigirá cerca de 40 cargos diretos de média e alta qualificação nas atividades de operação e manutenção. O interesse pela geração limpa de energia tem crescido na Fronteira Oeste. Entre outros fatores que explicam essa tendência está a melhoria no sistema de transmissão gaúcho.
O integrante do Comitê Pró Energia Eólica e Recursos Renováveis do Alegrete, Rafael Gomes de Moura, lembra que o município ainda não tem uma usina eólica operando e um dos entraves era justamente a limitação para escoar grandes volumes de energia. Contudo, ele enfatiza que vários investimentos nesse setor estão sendo conduzidos atualmente no Rio Grande do Sul, qualificando as condições para a movimentação da energia produzida no Estado.