O vice-ministro de Transportes e Obras Públicas do Uruguai, Juan Jose Olaizola, que lidera a comitiva, destaca que é uma iniciativa “ganha-ganha” para os dois países. O Brasil, e o Rio Grande do Sul em especial, se beneficiaria pelo desenvolvimento econômico trazido pelo comércio de produtos do nordeste uruguaio, que utilizariam a hidrovia e poderiam ser exportados através do Porto do Rio Grande, muito mais próximo do que o porto de Montevidéu. A visita da comitiva uruguaia, observa Olaizola, busca demonstrar o apoio do país à iniciativa, que se dará em território brasileiro.
O presidente da Administração Nacional de Portos do Uruguai, Juan Curbelo, aponta que não se trata de competição, mas, sim, de uma “complementaridade logística”, beneficiando ambos países. O diretor-geral de Assuntos Fronteiriços, Limítrofes e Marítimos do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, Federico Perazza, cita o conceito de desenvolvimento da bacia hidrográfica, modelo que seria usado na Lagoa Mirim e replicaria outras iniciativas bem-sucedidas em áreas navegáveis e que abrangem os dois países.
O presidente da Associação Mista Uruguaio-Brasileira para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim, Gerardo Acosta Terra, observa ainda o interesse de diversas empresas brasileiras que têm negócios na região, salientando que a hidrovia viabilizaria novas iniciativas, além de contar com investimento privado.
A cônsul-geral do Uruguai no Rio Grande do Sul, Liliana Buonomo, também integra a comitiva, que visitou o Jornal do Comércio nesta terça-feira. O grupo foi recebido pelo diretor-presidente do JC, Mércio Tumelero, e pelo diretor de Operações, Giovanni Jarros Tumelero.