Supermercados, empreendimentos residenciais e complexos mistos de lazer, serviços e varejo estão na lista dos projetos licenciados no terceiro trimestre de 2021 em Porto Alegre. As 622 licenças emitidas em diversas etapas somam investimentos de R$ 4,3 bilhões, alta de quase 60% em relação ao fluxo do segundo trimestre, segundo balanço da Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), antecipado nesta quinta-feira (7) ao Jornal do Comércio.
De abril a junho, o Escritório de Licenciamentos havia autorizado 400 empreendimentos avaliados em R$ 2,7 bilhões. No primeiro trimestre, foram 369 iniciativas com aportes de R$ 2,2 bilhões. Nos nove meses do ano, a cifra chega a R$ 9,2 bilhões, em 1.391 projetos. No licenciamento ambiental, foram emitidas 159 licenças prévias, de instalação, de operação ou licença única de julho a setembro.
Do grupo analisado, 13 foram enquadrados como prioritários, com tramitação acelerada seguindo o decreto 20.655/2020, criado para motivar a retomada da economia na pandemia. O grupo soma investimento de R$ 575 milhões, gerando 3.510 empregos diretos e 10.189 indiretos. Somente dez alcança R$ 550,7 milhões, 3.115 vagas na execução e 9.964 postos diretos e indiretos quando entrar em operação.
Na lista dos prioritários, que têm um ano para dar início às obras, o maior aporte é do Viva Tower, do Fundo de Investimento Imobiliário Phorbis que tramitava desde 2019 e soma R$ 100 milhões. O fundo é dono do Viva Open Mall e tem outro projeto licenciado na região,
de um pequeno mall de conveniência, com aporte de R$ 16 milhões que deve ficar pronto até o começo de 2022.
O segundo maior em valor é o do complexo do Zaffari, com supermercado e torres residenciais, junto com a Melnick, na área ocupada pelo Nacional, em frente à Praça da Encol, na rua Carazinho. No local, será erguido o Zaffari Nilópolis. A filial do grupo BIG terá de sair do local até dezembro. Outro grupo de varejo de autosserviço, o catarinense Bistek, está na lista com a implantação da segunda unidade na Capital.
O titular da pasta de Meio Ambiente, Germano Bremm, avaliou, em nota, que o saldo do terceiro trimestre é efeito do "avanço da vacinação e expectativa positiva do mercado”. Uso de mais tecnologia na tramitação de pedidos e projetos também explica o resultado, indica Bremm.