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Economia

- Publicada em 29 de Junho de 2021 às 15:32

Walter Lidio Nunes assume presidência da Sergs e defende a competitividade

Novo presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul toma posse nesta quarta-feira

Novo presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul toma posse nesta quarta-feira


LUIZA PRADO/JC
Jefferson Klein
A troca de comando da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) acontecerá nesta quarta-feira (30), às 18h30min, quando Walter Lidio Nunes tomará posse da presidência da entidade substituindo Luis Roberto Ponte. Formado em engenharia mecânica e também tendo cursado por um período a engenharia química, Walter Lidio é conhecido, principalmente, pela sua experiência no mercado de celulose. Na década de 1970, ingressou como estagiário Borregaard e depois exerceu cargos de diretoria nas empresas Aracruz, Fibria e CMPC, sendo hoje conselheiro dessa última companhia. O novo mandatário sustenta que a Sergs deve se envolver nos diversos temas pertinentes ao Brasil e afirma que o País precisa melhorar a sua competividade e eficiência.
A troca de comando da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) acontecerá nesta quarta-feira (30), às 18h30min, quando Walter Lidio Nunes tomará posse da presidência da entidade substituindo Luis Roberto Ponte. Formado em engenharia mecânica e também tendo cursado por um período a engenharia química, Walter Lidio é conhecido, principalmente, pela sua experiência no mercado de celulose. Na década de 1970, ingressou como estagiário Borregaard e depois exerceu cargos de diretoria nas empresas Aracruz, Fibria e CMPC, sendo hoje conselheiro dessa última companhia. O novo mandatário sustenta que a Sergs deve se envolver nos diversos temas pertinentes ao Brasil e afirma que o País precisa melhorar a sua competividade e eficiência.
Jornal do Comércio - Quais serão suas metas na presidência da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul?
Walter Lidio Nunes - O que se pretende é dar continuidade ao trabalho que tem sido feito e à contribuição que a Sergs pode dar para a sociedade. As soluções para a sociedade têm que ser holísticas, contemplado o econômico, o social e o ambiental, com base na engenharia, que tem que estar presente nas decisões de todas as ordens. Por isso, a Sergs tem participação em mais de 30 comitês e integra as discussões de várias temáticas.
JC - Qual a sua avaliação sobre o atual cenário econômico-social do Brasil?
Walter Lidio - O que se vê no Brasil é que a industrialização não cresceu no nível que devia e isso ocorreu, basicamente, porque o País não tem e não planeja uma competitividade sistêmica para se inserir na economia globalizada. Temos vários limitadores do empreendedorismo. Há itens que os chineses importam daqui e de repente estão fornecendo produtos mais baratos que os nossos. Essa é uma herança histórica, de um modelo político baseado no patrimonialismo, clientelista e corporativista sobremaneira. Hoje temos que debater esse País, que não serve mais para quem quer crescer. Todas as reformas, a política, a administrativa e a tributária, precisam ser feitas. Temos que aumentar a eficiência do Brasil, que tem um modelo de Estado interventor e hoje o Estado moderno é indutor de desenvolvimento.
JC - As companhias brasileiras podem adotar alguma ação para serem mais eficientes?
Walter Lidio - As empresas, todas elas, buscaram para sobreviver a eficiência, mas o ambiente não favorece. Quando se faz um projeto, aqui no Brasil já há uma carga tributária enorme e em outros países há o estímulo. Esse tipo de questão, os setores não conseguem resolver apenas com eficiência. Por exemplo, uma empresa que quer fazer uma maior automatização ou modernização tecnológica, o custo para esse equipamento é muito superior ao praticado no exterior. E a burocracia brasileira é imensa, têm locais, como Singapura, em que se abre uma companhia em um dia.
JC - Como o senhor analisa os impactos da pandemia de coronavírus?
Walter Lidio - A pandemia é algo novo, devido à extensão que ela atingiu, e evidentemente em tudo que é novo há um aprendizado e esse é um processo que está sendo vivenciado. Tem muitas verdades que são construídas dentro desse processo e eu entendo que é algo que está evoluindo no sentido de ser ter um controle e de ser resolvido. Agora, muitas vezes se vai em uma direção e é preciso mudar, porque é algo novo. Isso é normal. Os raciocínios que foram feitos em um primeiro momento são completamente diferentes da visão que se tem hoje. Infelizmente, no Brasil essas discussões de aprendizado são extremamente politizadas e polarizadas.
JC - Qual a sua opinião sobre a perspectiva da polarização das eleições do próximo ano?
Walter Lidio - Em qualquer situação em que ocorra uma polarização não são estabelecidas soluções de equilíbrio, porque cada um defende a sua tese e vale o que sustenta a tese e não necessariamente o que é melhor para o País. O que o Brasil precisa é de uma agenda para melhorar infraestrutura e educação, para chegar a um ambiente competitivo. Mas, no Brasil até as agendas positivas são polarizadas, não existe convergência no País, a polarização impede, e se não existe uma convergência as coisas não vão acontecer.
JC - Outra questão que assola o País hoje é a escassez dos reservatórios hidrelétricos. Não é a primeira vez que esse cenário acontece, é possível ter uma solução definitiva quanto a isso?
Walter Lidio - Tem como resolver, porque o Brasil tem um potencial de geração de energia que ainda não está sendo explorado. Tem crescido a geração eólica, a solar, fora que o País tem potencial para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e outras grandes hidrelétricas. Parte desse problema é porque o Brasil não estimulou o investimento no momento certo.
JC - Qual a sua análise do mercado atual da celulose?
Walter Lidio - O mercado está crescendo no Brasil, que é o país que hoje tem o maior potencial produtivo para a celulose. Temos tecnologia para alta produtividade, nosso parque (industrial) ainda é pequeno, comparando com outros países, então estamos crescendo. E o Rio Grande do Sul também é um estado que pode ter projetos de celulose.
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