Rio Grande do Sul e Estados Unidos oficializaram a cooperação em áreas como meio ambiente, tecnologias, energias renováveis, saúde e inovação. O documento foi firmado entre o governador Eduardo Leite e o embaixador norte-americano no Brasil, Todd Chapman, na manhã desta terça-feira (29).
O governador Eduardo Leite e o embaixador dos Estados Unidos no Brasil assinaram um memorando de entendimento, com previsão de busca de parcerias e intercãmbios. Uma das intenções é ampliar as possibilidades de desenvolvimento usando a relação que existe entre companhias americanas e as unidades locais. Grupo como General Motors e John Deere têm sedes nos Estados Unidos.
“Formalizamos a disposição de trabalho conjunto, de cooperação, para desenvolver projetos em diversas áreas", destacou Leite. Entre as primeiras iniciativas, pode estar a maior proximidade com segmentos e os chamados hubs de inovação, como o Vale do Silício, observou o governador.
O memorando de entendimento prevê a cooperação em diversas áreas, como ampliação do comércio e investimento bilateral, saúde, ciência e tecnologia, meio ambiente, agricultura, educação, direitos humanos, gestão e segurança pública. Também intercâmbio das melhores práticas, serviços e tecnologias, e inclusive intercâmbio de especialistas e promoção de visitas técnicas, tanto de equipes do Rio Grande do Sul como dos Estados Unidos.
Um dos temas mais caros ao governo do presidente Joe Biden é o pacote de investimento com metas de redução de emissões de efetio estufa, com alteração de plataformas, como atingir frota 100% elétrica ou outra fonte de energia que não seja a fóssil.
Chapman destacou que a pauta liderada pelo enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, para resolver os problemas do meio ambiente "vai criar muitas oportunidades". O embaixador citou que o parque industrial do Rio Grande do Sul "é muito avançado e tem grandes empresas americanas".
"O tema do meio ambiente é central para o mundo e oportunidades de desenvolvimento econômico, como a produção de carros elétricos, e outras que viabilizem a geração de energia por fontes renováveis", pontuou Chapman. O embaixador apontou o alinhamento de ações entre os dois países e também observou que ter a GM no Estado possibilita avanços na produção com tecnologias que reduzam impactos ao meio ambiente.
A autoridade citou ainda como um cenário favorável o aporte de fundos de investimentos. O Brasil recebe 60% da carteira desrtinada à América do Sul.
"O investimento está chegando, e o Rio Grande do Sul é um ambiente favorável já conhecido a negócios."
A GM, por exemplo, estabeleceu a meta de neutralidade nas emissões nos Estados Unidos até 2040. Os modelos elétricos são cruciais na execução do objetivo. Já no Brasil não há ainda a plataforma elétrica e não há planos. Em entrevista ao Jornal do Comércio, em maio, a vice-presidente da montadora para a América do Sul, Marina Willisch, destacou que um dos pontos chaves para a adoção em massa dos veículos elétricos são as políticas públicas. É o que a indústria nacional espera do governo federal e mesmo dos estaduais.
Mais vacina dos Estados Unidos?
Sobre importação de vacinas da Covid-19, Chapman não chegou a indicar quando novas remessas vão desembarcar no Brasil, mas reforçou o cumprimento da promessa do presidente Joe Biden, com o envio de lotes do imunizante da Janssen na semana passada.
O governador também informou que está em contato com as fabricantes. O embaixador indicou que a expectativa é e ter mais envios.