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Economia

- Publicada em 19 de Janeiro de 2021 às 22:12

Térmica Cambará aguarda licença de linha de transmissão

Unidade será alimentada com resíduos da produção de madeira

Unidade será alimentada com resíduos da produção de madeira


/Divulgação Omega Engenharia
Jefferson Klein
Com contrato firmado para entregar sua geração até janeiro de 2023, depois de vencer um leilão de energia promovido pelo governo federal em dezembro de 2017, o projeto termelétrico Cambará ainda não teve suas obras iniciadas.
Com contrato firmado para entregar sua geração até janeiro de 2023, depois de vencer um leilão de energia promovido pelo governo federal em dezembro de 2017, o projeto termelétrico Cambará ainda não teve suas obras iniciadas.
O diretor-executivo da Omega Engenharia, Carlos Eduardo Trois de Miranda, detalha que a licença ambiental de instalação da usina já foi obtida, porém, para seguir adiante, a iniciativa ainda espera o licenciamento da linha de transmissão que conectará o complexo ao sistema elétrico interligado nacional.
Essa estrutura, com tensão de 138 kV, possuirá 43 quilômetros de extensão, ligando a térmica em Cambará do Sul até uma subestação em São Francisco de Paula. O dirigente ressalta que não adianta ter a usina pronta se houver algum problema e a linha não estiver concluída para escoar a energia. Somados, os empreendimentos absorverão um investimento estimado atualmente em R$ 320 milhões. Miranda destaca que a autorização dos dois complexos é fundamental para formatar o financiamento das ações.
O diretor-executivo da Omega Engenharia afirma que a expectativa é que a liberação da linha ocorra a qualquer momento. "Passamos um ano inteiro entregando documentos e foram pedidos mais, agora em dezembro entregamos a última solicitação da Fepam e estamos aguardando para ver o que acontece, se emitem a licença ou vão pedir mais alguma coisa", comenta o executivo. Ele adianta que, em condições normais, a implantação de uma usina como a de Cambará leva em torno de 24 meses. Miranda diz que a meta é recuperar o atraso e espera que em janeiro ou fevereiro seja possível receber a licença da linha para iniciar a implantação do projeto.
O dirigente admite que o tempo que está levando para conseguir a autorização para a linha é algo preocupante. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Sema), o processo de licenciamento da termelétrica Cambará encontra-se em análise e, se não houver a necessidade da complementação de informações, deve ser definido antes do final do primeiro trimestre deste ano.
A termelétrica prevê uma capacidade instalada de 50 MW (aproximadamente 1,5% da demanda de energia elétrica do Rio Grande do Sul). A usina será alimentada por resíduos da cadeia madeireira e, produzindo à plena capacidade, a planta poderia consumir até 500 mil toneladas ao ano de madeira, porém a expectativa é que sejam utilizadas de 250 mil a 270 mil toneladas anuais.
A madeira será proveniente dos municípios no entorno da unidade. Miranda enfatiza que uma das vantagens do uso da biomassa é o fato de se tratar de uma fonte renovável. A ideia é aproveitar sobras de serrarias e reflorestamentos, cavacos, serragem, madeira fina e grossa etc.
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