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Economia

- Publicada em 10 de Janeiro de 2021 às 21:22

Usina Candiota 3 analisa participação em leilão já em 2021

Localizada no município gaúcho de mesmo nome, usina tem uma potência instalada de 350 MW

Localizada no município gaúcho de mesmo nome, usina tem uma potência instalada de 350 MW


/CGT Eletrosul/divulgação/jc
Jefferson Klein
Próxima de acabar o seu atual contrato de comercialização de energia (iniciado em 1 de janeiro de 2010 e válido pelo período de 15 anos), a termelétrica Candiota 3 estuda as possibilidades para garantir uma maneira de vender mais uma vez a sua geração e assim continuar operando. Segundo a assessoria de imprensa da CGT Eletrosul, proprietária da usina a carvão, a empresa avalia a participação da planta nos leilões de energia existentes (em que concorrem unidades já construídas e não projetos a serem implantados) que vão ocorrer ainda neste ano.
Próxima de acabar o seu atual contrato de comercialização de energia (iniciado em 1 de janeiro de 2010 e válido pelo período de 15 anos), a termelétrica Candiota 3 estuda as possibilidades para garantir uma maneira de vender mais uma vez a sua geração e assim continuar operando. Segundo a assessoria de imprensa da CGT Eletrosul, proprietária da usina a carvão, a empresa avalia a participação da planta nos leilões de energia existentes (em que concorrem unidades já construídas e não projetos a serem implantados) que vão ocorrer ainda neste ano.
A oportunidade para o empreendimento gaúcho está aberta, pois o governo federal marcou para 11 de junho a realização de um leilão A-4 e de outro A-5 (respectivamente, quatro e cinco anos para a entrega de energia), destinados à substituição de termelétricas a óleo (cujos contratos vencerão nos próximos anos) por unidades a gás e a carvão mineral nacional. Ganham esses certames, e por consequência comercializam suas gerações para o sistema elétrico, as usinas mais competitivas.
Localizada no município de mesmo nome, Candiota 3 tem uma potência instalada de 350 MW (um pouco menos do que 10% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul) e foi resultado de um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Como a termelétrica utiliza como combustível o carvão mineral, a possível manutenção do complexo divide opiniões. O presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, afirma que o ideal seria a desativação da usina. Ele enfatiza que térmicas a carvão emitem CO2 e refletem nas mudanças climáticas, sem contar os impactos ambientais causados com a prática da mineração. "E temos vários caminhos energéticos mais limpos para substituir essa fonte", destaca o dirigente.
Milanez lembra que as gerações fotovoltaica e eólica são mais sustentáveis do que o uso de combustíveis fósseis. Outro fato ressaltado pelo presidente da Agapan é que no caso da usina de Candiota, devido a sua proximidade com a fronteira, o complexo implica também impactos no Uruguai.
Já o presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, vê como positiva a perspectiva da manutenção de Candiota 3. "Nós precisamos de energia, não podemos abdicar de qualquer fonte", defende o dirigente. Ele reforça que se houver uma recuperação da economia brasileira pode ocorrer dificuldades quanto à oferta de energia elétrica. Menzel argumenta ainda que as gerações renováveis vêm verificando crescimento quanto à participação nas matrizes energéticas de diversas nações. No entanto, para o presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura o mundo ainda se abastecerá, por décadas, de duas principais fontes fósseis: petróleo e carvão.
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