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Economia

- Publicada em 23 de Dezembro de 2020 às 19:12

Setor de eventos gaúcho busca prorrogação do auxílio emergencial junto ao governo federal

Parado há nove meses, segmento busca apoio para manutenção do benefício concedido pelo governo federal

Parado há nove meses, segmento busca apoio para manutenção do benefício concedido pelo governo federal


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Fernanda Crancio
Com apoio da presidência da Assembleia Legislativa (AL), o setor de eventos gaúcho pleiteia junto ao governo federal a prorrogação do auxílio emergencial, que tem minimizado o impacto econômico da pandemia sobre o segmento, ainda impedido de retomar as atividades no Estado. Nesta quarta-feira (23), a demanda foi tratada em reunião na sede do Parlamento, e o pleito será encaminhado ao presidente da República Jair Bolsonaro e ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
Com apoio da presidência da Assembleia Legislativa (AL), o setor de eventos gaúcho pleiteia junto ao governo federal a prorrogação do auxílio emergencial, que tem minimizado o impacto econômico da pandemia sobre o segmento, ainda impedido de retomar as atividades no Estado. Nesta quarta-feira (23), a demanda foi tratada em reunião na sede do Parlamento, e o pleito será encaminhado ao presidente da República Jair Bolsonaro e ao ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
Com endosso do comandante da AL, Ernani Polo (PP), Rodrigo Machado, um dos coordenadores do Grupo Live Marketing RS, que integra empresários e profissionais do setor, encaminhou ofício com a solicitação ao coordenador da bancada gaúcha, deputado Giovani Cherini (PL) e ao senador Luis Carlos Heinze (PP), que reforçarão as articulações junto ao Planalto. O pedido também é assinado pelo Porto Alegre e Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau (POACV), Gramado, Canela e Região das Hortênsias Convention & Visitors Bureau, Bento Convention Bureau e Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos (Agepes).
O benefício federal, garantido por meio do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, permite a redução proporcional dos salários e da jornada de trabalho, bem como a suspensão temporária do contratos durante a pandemia. Dessa forma, vem permitindo a preservação de empregos e de renda em todo o País, principalmente no período mais crítico de restrições às atividades econômicas.
Segundo Machado, uma vez que o setor ainda está impedido de trabalhar e sem receita, não há como voltar a assumir integralmente os salários dos funcionários pelo mesmo período da concessão do benefício. "O auxílio emergencial acaba agora e o governo não se manifestou mais a respeito. Assumimos esse compromisso com nossos funcionários, mas agora temos de espelhar o mesmo período da suspensão e redução da carga horária com recursos próprios. Mas quais recursos, se estamos todos fechados e sem receita?", indaga o empresário.
Sócio da Opinião Produtora, que em Porto Alegre comanda o Bar Opinião, o Pepsi On Stage e o Auditório Araújo Vianna, ele lembra que já são quase nove meses sem trabalhar, utilizando o benefício para manter alguns funcionários com carga reduzida e outros com suspensão. "Agora vamos ter de assegurar os empregos por mais nove meses com recursos próprios, mas não temos receita”, reafirma.
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Ele lembra que o setor de eventos e suas diversas atividades movimentam anualmente cerca de R$ 2 bilhões e geram 500 mil empregos diretos e indiretos no Estado, o que dá uma amostra do impacto que as restrições promovidas para enfrentamento da Covid-19 trouxeram ao segmento. “Com a crise da Covid-19, fomos o primeiro setor a ser impactado pela necessidade do isolamento social e seremos o último a retomar as atividades”, comenta Machado.
No ofício que será encaminhado à Brasília, os empresários ressaltam que os setores foram "fortemente avassalados e destruídos pela crise", destacam que a retomada levará no mínimo um ano para acontecer e enfatizam que "neste momento todas as empresas estão sofrendo para manterem-se economicamente ativas, no entanto, sabemos que já estamos usando de todas as ferramentas possíveis ara não haverem demissões em massa nos próximos dias". Segundo os signatários, a prorrogação da Medida Provisória 936, que instituiu o Programa Emergencial, é fundamental para garantir a empregabilidade daqueles que dependem das empresas do setor.
 Segundo Polo, que vem acompanhando as negociações do segmento junto ao governo do Estado ao longo dos meses e defende a retomada responsável das atividades, mediante observância de todos os protocolos de segurança, a importância do setor se traduz nas diferentes atividades paralelas que agrega, como sonorização, iluminação, alimentação, recepção, montagem, etc. Por isso, na opinião do parlamentar, a prorrogação do auxílio emergencial é uma demanda extremamente legítima ara as áreas de eventos e entretenimento. "Conhecemos a dura realidade de quem faz o dia a dia do setor. Precisamos entender o desespero desses empreendedores, que têm suas responsabilidades e obrigações a honrar”, ressalta o deputado.
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