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Economia

- Publicada em 07 de Outubro de 2020 às 18:28

Shoppings, lojas de rua e restaurantes voltam a abrir aos domingos em Porto Alegre

Lojas e alimentação em shoppings não funcionam desde começo de julho aos domingos

Lojas e alimentação em shoppings não funcionam desde começo de julho aos domingos


JOYCE ROCHA/JC
Patrícia Comunello
Os shopping centers, lojas de rua e restaurantes vão voltar a abrir aos domingos em Porto Alegre. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (7) em decreto do prefeito Nelson Marchezan Júnior, que já era esperado. Os setores de varejo e serviços querem aproveitar as vendas e o fluxo na véspera do Dia das Crianças e do feriado da padroeira do Brasil, no próximo domingo (11). 
Os shopping centers, lojas de rua e restaurantes vão voltar a abrir aos domingos em Porto Alegre. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (7) em decreto do prefeito Nelson Marchezan Júnior, que já era esperado. Os setores de varejo e serviços querem aproveitar as vendas e o fluxo na véspera do Dia das Crianças e do feriado da padroeira do Brasil, no próximo domingo (11). 
Lojas e alimentação não funcionavam desde começo de julho neste dia da semana, devido a restrições da pandemia. Apenas serviços essenciais, como supermercados e farmácias, estavam abrindo. Agora os setores estão liberados para funcionar todos os dias da semana.
O decreto prevê que o comércio de rua pode abrir das 9h às 17h. Os estabelecimentos de shoppings, podem abrir das 12h às 20h que já era o horário antes da pandemia. 
Restaurantes, bares, padarias, lojas de conveniência, lancherias e similares podem funcionar das 6h às 23h, com um detalhe: o ingresso dos clientes tem de ocorrer até as 22h.  
Em videoconferência com entidades empresariais nesta quarta, o prefeito praticamente deu a chancela à medida. Só faltava o decreto, que vai estar nesta quarta em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa).
A norma também autoriza academias de ginástica a abrirem aos sábados, amplia a operação presencial de escritórios de advocacia, contabilidade e imobiliárias e permite acesso de clientes à área interna das bancas do Mercado Público. Outra mudança é que passam a ser permitidas mais atividades sociais em condomínios.
A pressão dos setores aumentou esta semana para que houvesse a liberação. O Sindilojas projeta que o Dia das Crianças vai movimentar R$ 182 milhões em vendas, tanto nas operações físicas como nas plataformas online.  
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Shoppings pedem liberação de eventos e cinemas para elevar o fluxo, ainda muito baixo. Foto: Joyce Ramos/JC
Além da abertura aos domingos, outra reivindicação, feita pelo presidente da CDL-POA, Irio Piva, foi a necessidade de liberar alguns eventos para elevar a atratividade dos estabelecimentos. "A gente vê que os shoppings estão extremamente vazios. É um problema para lojistas e empreendedores. Precisa horário, mas sem número de atividades é difícil viabilizar", ressaltou Piva.  
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Leonardo Hoff, diz que a prefeitura trabalha com protocolos sanitários para viabilizar a realização de eventos. 
"Precisa abrir aos domingo", foi enfático um dos executivos do grupo Zaffari, dono das operações do Bourbon Shopping, Claudio Zaffari, que reforçou que os estabelecimentos não recuperaram as vendas. "Não conseguimos ver lógica dos horários com os protocolos em vigor. Como não pode deixar entrar todas as pessoas, os horários precisam ser ampliados", relacionou Zaffari.
A reabertura dos cinemas foi repetida por vários dirigentes na videoconferência, muitos considerando que se trata de permissão que, se ocorrer, vai evitar novos fechamentos de negócios. "Frente ao comportamento exemplar que todas as medidas geraram (do setor), podemos dar um passo à frente", observou Zaffari, a respeito de cinemas e eventos, além da liberação do domingo.
Sobre as salas de exibição, o executivo disse que cinemas do Bourbon Shopping em São Paulo voltaram a abrir, adotando esquemas especiais de protocolos. 
Marchezan voltou a prevenir que, caso ocorra demanda acelerada por leitos de UTIs associada à Covid-19, as restrições serão retomadas, mas "não vai começar no ensino, será em outros setores, pois seria muito negativo restringir de novo no ensino". O prefeito citou que a flexibilidade nas atividades econômicas estava sendo adotadas porque o fluxo da educação estava abaixo do esperado.     
A presidente da Abrasel-RS, Fernanda Tartoni, citou que os custos das operações estão voltando, como aluguéis integrais, tributos e até alimentos com aumentos "que não podemos repassar aos preços". Fernanda sugere que possa ser permitido mais do que quatro pessoas por mesa nos restaurantes, limite atual das regras sanitárias, pois "há muitas famílias com mais integrantes". Marchezan disse que isso será avaliado.
Uma das propostas que surgiu na videoconferência é a de incentivar que as pessoas antecipem as compras de Natal, para evitar maior aglomeração no fim de ano com riscos à contaminação. Caso haja pressão por atendimento, a prefeitura pode ter de recuar em liberações.
Os setores relataram que as vendas estão entre 30% e 40% do que seria o normal ou frente a 2019. Piva aponta vendas até acima do normal em segmentos como o de pneus e colchões. "Calçados e vestuário sofrem muito. O maior problema é dentro de shoppings, com movimento muito fraco, máximo de 60% do valor de 2019, aquelas em situação melhor", pontuou o presidente da CDL-POA.
"Atividades mais sofridas precisam de atenção especial. É o novo normal chegando", associou Piva.
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