Quase 90% dos donos de restaurantes, bares e cafeterias demitiram durante a pandemia em Porto Alegre e região. Pesquisa do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha) indicou que 86% de 78 empresas ouvidas reduziram pessoal, a maioria de 26% a 50% do quadro. Além de cortes, há fechamento, como o Muralha da China, do Centro da Capital, que
avisou do fim da operação após 40 anos.
O aviso foi feito no Facebook e foi atribuído à pandemia. Mais restaurantes
já encerraram as atividades ou migraram do físico ao digital.
Outro dado da sondagem é que 82% dos empresários não pretendem repor as vagas extintas. Já quem pretende contratar, a maioria diz que a intenção é admitir apenas daqui a dois ou três meses.
"Passamos de verdadeiros geradores de mão-de-obra para empresários e empresárias tentando se equilibrar e vivendo um dia de cada vez", resumiu o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, em nota sobre a pesquisa.
Para enfrentar períodos de fechamento, que ultrapassaram 120 dias na Capital desde março, 92% dos estabelecimentos buscaram expedientes de redução de pessoal ou suspensão de contratos, aproveitando legislações criadas na crise.
O dirigente projetou que uma recuperação só deve acontecer no segundo semestre de 2021. "Precisaremos de sensibilidade política para a flexibilização na abertura, buscando o domingo e novos pleitos", apontou, na nota.