As bolsas da Europa reverteram os ganhos robustos da maior parte da sessão e entraram em liquidação no início da tarde desta quinta-feira (3) após leitura em baixa de um indicador do setor de serviços americano. Como resultado, as praças locais encerraram o dia com perdas, à exceção de Madri, que conseguiu subir. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o pregão em queda de 1,40%, a 366,08 pontos.
Medido pelo ISM, o índice americano de atividade de serviços caiu de 58,1 em julho para 56,9 em agosto, um pouco abaixo da previsão, 57.
"Houve uma mudança do setor para a marcha lenta", comenta Katherine Judge, do CIBC. "A queda reflete a retomada de medidas de distanciamento social em alguns estados, à medida que o vírus continua a se espalhar pelo país", avalia.
A notícia foi o estopim para uma espiral de perdas nos principais mercados acionários do mundo. As bolsas europeias, pressionadas por NY, não conseguiram defender o otimismo de mais cedo, amparado por leituras surpreendentes de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da zona do euro e da Alemanha, fechando no vermelho. Colaborou para as perdas, ainda, a queda inesperada nas vendas do varejo do bloco comum, informada mais cedo, causando algum desconforto nos mercados acionários locais.
O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, encerrou o dia em baixa de 1,52%, a 5.850,86 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, recuou 1,40%, a 13.057,77 pontos.
O CAC 40, de Paris, fechou em queda 0,44%, para 5.009,52 pontos, com o plano de estímulo econômico anunciado pelo governo local estancando o derretimento da bolsa. Já o índice PSI 20, de Lisboa, cedeu 0,12%, aos 4.324,00 pontos.
O único índice acionário que contrariou os demais do continente foi o Ibex 35, da Bolsa de Madri. Ele fechou em alta de 0,13%, a 7.006,00 pontos, segurado por ações como IAG (+5,32%), BBVA (+1,97%) e Telefonica (+1,93%).