Governo Leite analisa protocolos para começar a liberar eventos no RS

Setor apresentou protocolos segmentados e propõe tipos de atividades que poderiam ser retomados

Por Fernanda Crancio

Setor defende a realização de eventos como feiras de expositores, palestras, formaturas, entre outros, mediante protocolos de segurança
Um dos setores econômicos completamente parados desde março devido à pandemia do novo coronavírus pode ser um dos próximos a voltar à atividade. A retomada dos eventos, mas com restrições, será tratada em reunião na quarta-feira (19) entre representantes do setor e integrantes do governo estadual. Se liberados, eventos corporativos e empresariais deverão ser a porta de entrada para a reativação das atividades.
Após a organização de

Setor propõe protocolos para uma 'retomada responsável e gradual'

Nos últimos meses, Conventions Bureaus locais, Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc), União Brasileira dos Promotores de Feiras do Estado (Ubraufe), Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) e entidades de setores também impactados pela suspensão de eventos, como CDLs, Sindilojas e associações comerciais, reforçaram o trabalho desencadeado pelo Grupo Live Marketing RS, que reúne 340 empresas e gera cerca de 500 mil empregos diretos e indiretos, em busca da retomada do setor.
O movimento busca sensibilizar as autoridades para a necessidade de um planejamento estratégico dessa reabertura para uma reabertura responsável e gradual. "Queremos mostrar que liberar uma feira de negócios não é tão diferente de permitir a abertura de um shopping center. Ou seja, com adoção de cuidados e protocolos específicos, também podemos realizar eventos", defende a presidente do Porto Alegre Convention Bureau, Adriane Hilbig.
O secretário de Desenvolvimento Econômico da Capital, Leonardo Hoff, diz que  recebeu sugestões do Grupo Live Marketing e do POA Convention Bureau há cerca de 40 dias e está sensibilizado em construir um regramento que permita a realização de alguns tipos de eventos, como formaturas, palestras, desfiles, aniversários em salões. Hoff cita que os protocolos podem seguir o modelo aplicado a restaurantes. 
Já eventos que gerem maiores aglomerações e contato entre as pessoas, como shows, tendem a ser mais difíceis de liberação neste momento. "Esses grupos sofrem com a crise gerada pela necessidade de isolamento social e nos pediram a adequação necessária de protocolos para viabilizar uma reabertura do setor. Estamos com esse pedido no radar, dando atenção à demanda e devemos retomar as negociações nas próximas semanas", adianta o secretário.
A entidade vem estruturando a realização de eventos-testes de treinamento, para mostrar que é possível voltar às atividades de maneira responsável e gradual. Já foram feitas simulações em Bento Gonçalves e estão previstas ações também em Gramado e Porto Alegre.
Adriane reforça ainda que um evento não pode ser organizado da noite para o dia. Para a dirigente, é necessário avançar no planejamento o quanto antes, para que as empresas possam começar a trabalhar na preparação responsável da futura liberação. "Queremos uma retomada gradual com responsabilidade, não é fazer uma festa e aglomerar gente, mas preparar com distanciamento adequado e medidas de segurança, os tipos de eventos que forem possíveis de serem realizados neste momento", explica Adriane, que representa 140 empresas filiadas ao POA Convention Bureau.