A aglomeração de clientes e ocupação em restaurantes de Gramado acima do permitido por protocolos da pandemia foram criticadas por uma das principais entidades ligadas ao setor no Rio Grande do Sul. A regional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) emitiu nota nesta terça-feira (27) apoiando as medidas da fiscalização sanitária que
interditou dois estabelecimentos no sábado (22).
Os restaurantes ficam na Rua Coberta, um dos endereços mais movimentados do Centro de Gramado. Segundo a prefeitura, os dois locais atendiam as pessoas em fila de espera e permitiam clientes em pé por não haver mais mesas disponíveis.
Gramado está com
bandeira laranja do distanciamento controlado. Pelas regras do decreto do distanciamento controlado, restaurantes a la carte, prato feito e bufê sem autosserviço (que está proibido em todas as bandeiras) pode ter 50% dos trabalhadores e 50% da lotação. Lanchonetes e lancherias podem ter 50% dos trabalhadores.
O frio e neve atraíram grande fluxo de visitantes a uma das cidades mais turísticas do Brasil. Quem esteve na região teve a sensação, pela movimentação, que não parecia que o Estado vive o combate ao novo coronavírus, desafio que é global.
"A Abrasel no RS repudia veementemente a falta de responsabilidade dos envolvidos neste grave episódio em Gramado. Casos como este são contrários ao nosso posicionamento, ao que defendemos e ao que orientamos", esclarece o comunicado enviado pela entidade, indicando apoio às punições. "Reiteramos que qualquer estabelecimento, seja ele de associado ou não, que não cumprir as regras legais deverá ser responsabilizado."
A entidade junto com outras de setores econômicos têm reforçado as medidas em conversas principalmente em Porto Alegre, que teve um período de um mês de atividades fechadas e retornou há mais de duas semanas, mas ainda com restrições. Restaurantes só podem abrir de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h (em shopping centers).
Na manifestação, a presidente da Abrasel-RS, Maria Fernanda Tartoni, observa que espera que as situações flagradas não comprometam as negociações para avanços na reabertura em diversas regiões. "Nesta luta, é fundamental que todos tenham autorresponsabilidade e saibam que a atitude individual impacta diretamente no coletivo", diz Fernanda, na nota.