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Economia

- Publicada em 18 de Agosto de 2020 às 18:50

Comércio e restaurantes pedem 'adaptação' na abertura em Porto Alegre

Varejo pede que shopping centers abram das 12h às 19h e espera a liberação para sexta-feira

Varejo pede que shopping centers abram das 12h às 19h e espera a liberação para sexta-feira


JOYCE ROCHA/JC
Patrícia Comunello
Varejo e bares e restaurantes de Porto Alegre pediram mudanças no esquema de dias e horários de abertura que começou na semana passada. O comércio propõe que shopping centers abram das 12h às 19h. Já a alimentação fora de casa quer trocar a segunda-feira, que podem funcionar pelo decreto atual, pelo sábado, considerado dia com maior retorno, além de funcionar em turno da noite.
Varejo e bares e restaurantes de Porto Alegre pediram mudanças no esquema de dias e horários de abertura que começou na semana passada. O comércio propõe que shopping centers abram das 12h às 19h. Já a alimentação fora de casa quer trocar a segunda-feira, que podem funcionar pelo decreto atual, pelo sábado, considerado dia com maior retorno, além de funcionar em turno da noite.
Os pleitos foram apresentados durante videoconferência na tarde desta terça-feira (18) entre o prefeito Nelson Marchezan Júnior e entidades empresariais de diversos setores. Os pedidos serão submetidos ao comitê técnico da pandemia do novo coronavírus, que se reúne nesta quarta-feira (19).
Além disso, o prefeito analisa ampliar a abertura na sexta-feira para as lojas. Mas dependerá de negociação com o governo estadual. A prefeitura vai buscar a condição de bandeira laranja, dentro das disposições da cogestão do sistema, que passou a permitir a flexibilidade. Se tiver sucesso, a abertura poderia ser adotada nesta sexta (21). Outro setor que negocia com o Estado a possibilidade de retomada é o de eventos.
"A ideia é focar de segunda a sexta para evitar um debate jurídico para manter as nossas competências, o que poderia causar prejuízo maior a empreendedores e perda de dinheiro público, como foi na semana do Dia dos Pais", recordou o prefeito, sobre decreto municipal que permitia abrir e que acabou suspenso pela Justiça após questionamentos do Estado.
"Vamos dialogar para não perder tempo com burocracia infindável para recuperar a competência óbvia", reforçou, indicando contrariedade em ter de se ajustar ao regramento geral.  
A operação diferente de shopping centers foi solicitada pelo presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, e endossada pela CDL-POA. "O fluxo dos shopping é diferente (das lojas de rua). Precisamos fazer com que alguns empreendedores respirem, se não vai ocorrer fechamento maior do que está havendo", apelou Kruse. "Ninguém está indo passear em shopping. As pessoas vão pré-determinadas para comprar", garantiu o dirigente, para reduzir a preocupação com os impactos para maior fluxo.   
O setor também pediu o sábado para funcionar. "Pense com carinho nas suas análises", sugeriu Kruse, ao prefeito. O clima da videoconferência foi de menor tensionamento, frente a anteriores que foram dominadas pela expectativa de reabertura. 
Hoje a bandeira vermelha prevê portas abertas de segunda a quinta por, no máximo, sete horas por dia, entre 9h e 17h. Ou seja, além do dia da semana pretendido que não está no decreto do governo Eduardo Leite, também as duas horas - 17h às 19h para shopping - não estão previstas.  
Para restaurantes e bares, a situação é mais favorável. O decreto estadual permite abrir cinco dias na semana, no máximo de sete horas por dia, entre 9h e 17h. Ou seja, dependeria da prefeitura fazer a troca de dia.  
O presidente do Sindicato da Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e região (Sindha), Henry Chmelnitsky, reforçou que o setor prefere atuar no sábado e que é preciso permitir operação noturna, pois há estabelecimentos como os de shopping center, cujas operações têm cardápio específico e diferente do almoço. "Precisa trocar um dia pelo sábado. A sobrevivência desse nicho é fundamental", resumiu. 
O vice-presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Claudio Zaffari, segmento que vem operando desde o começo da pandemia, voltou a pedir que fosse retirada do decreto de emergência sanitária a limitação de uso de 50% das vagas de estacionamento dos estabelecimentos. A restrição estaria gerando reclamações de clientes, diz Zaffari.  
A prefeitura resiste em alongar turnos porque entende que isso vai gerar movimentação que seria um risco agora para o recrudescimento da contaminação. Na reunião, o alerta que marcou sessões virtuais anteriores com os setores voltou a ser acionado: se houver nova aceleração na ocupação de leitos de terapia intensiva e de casos, a flexibilidade pode ser revisada com a volta do fechamento. 
Sobre o futuro, o prefeito comentou que pretende manter por mais tempo o esquema de segunda a sexta para todas as atividades, o que pode ser uma barreira às adequações pedidas. O foco da estratégia agora é "limitar horários para distribuir o fluxo e evitar aglomeração", conceituou o prefeito. 
"A expectativa é que em dois a três meses possamos estar com quase normal", projetou Marchezan. Um divisor de águas pode ser o próximo fim de semana, quando a área técnica examinará o impacto da reabertura na semana passada.
O secretário da Saúde, Pablo Stürmer, avalia que uma aparente estabilização de casos e de demanda nas UTIs tem mais relação com as medidas de restrição que vigoravam. Ou seja, as próximas semanas vão demarcar o tipo de "normal" que Porto Alegre poderá ter até o fim de 2020.
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