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Economia

- Publicada em 07 de Agosto de 2020 às 22:18

Marchezan quer abrir bares e restaurantes em dias de semana; setor pede sábado e domingo

' É incoerência fechar restaurantes em fim de semana e manter shopping aberto', disse Chmelnitsky (centro, acima)

' É incoerência fechar restaurantes em fim de semana e manter shopping aberto', disse Chmelnitsky (centro, acima)


WEBEX/REPRODUÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Das oito videoconferências que o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, fez com setores econômicos nesta sexta-feira (7), a de bares e restaurantes foi de longe a mais tensa, com empresária que quase chorou devido a impactos do fechamento e cobrança de dirigentes pela exclusão do setor da abertura até o Dia dos Pais. Além disso, Marchezan cogitou abrir os estabelecimentos em dias de semana. O segmento pediu a inclusão de sábado e domingo em troca de fechar em alguns dias da semana.
Das oito videoconferências que o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, fez com setores econômicos nesta sexta-feira (7), a de bares e restaurantes foi de longe a mais tensa, com empresária que quase chorou devido a impactos do fechamento e cobrança de dirigentes pela exclusão do setor da abertura até o Dia dos Pais. Além disso, Marchezan cogitou abrir os estabelecimentos em dias de semana. O segmento pediu a inclusão de sábado e domingo em troca de fechar em alguns dias da semana.
As medidas virão em novo decreto. Marchezan citou em todas as reuniões que a abertura de mais setores - do comércio a imobiliárias e academias - deve aumentar o risco para mais contaminação e pressão por leitos de UTI. Em todos os encontros, o prefeito preveniu que poderá ter de fechar de novo as atividades, em caso de elevação da lotação. Nas últimas semanas, tanto prefeitura como Estado apontam estabilização na demanda, mesmo que maior. Porto Alegre ampliou vagas nas UTIs. 
Para bares e restaurantes, a ideia colocada para empresários e presidente do Sindicato da Hotelaria e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) e Abrasel-RS seria de abrir do meio-dia para o almoço às 17h. Durante o dia, o prefeito também falou com varejo, construção civil, academias, supermercados e imobiliárias. Aberturas previstas vão ser reguladas em decreto, mas também podem ter influência de restrições do distanciamento controlado.
A presidente da Abrasel-RS, Fernanda Tartoni, propôs que a abertura seja de terça a domingo. "Seria importante colocar sábado e domingo e fechar algum dia da semana", indicou Fernanda.
O presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, fez a cobrança mais dura. "Faltou consideração com nosso segmento não ter comunicado na quinta-feira que restaurantes não iam abrir", faltou o dirigente, dirigindo-se a Marchezan.
"É uma incoerência fechar restaurantes em fim de semana e manter shopping aberto", acrescentou, que também discorda da abertura somente em dias de semana. A entidade já havia divulgado nota sobre a medida.
"A partir deste momento temos de ter previsibilidade. Não podemos ficar a mercê de que amanhã feche tudo e que tudo pare", preveniu o dirigente, que pediu o tratamento previsto no decreto estadual. Mudança anunciada esta semana pelo governador Eduardo Leite passou a permitir que comércio e restaurantes (com exceção de modalidades de bufê com selfservice) abrissem nas regiões com bandeira vermelha, que era vetado.
O comércio em geral, incluindo shopping, pode abrir de quarta-feira a sábado, das 10h às 16h, e restaurantes, de quarta a sexta, somente ao meio-dia. A capacidade de pessoal deve ser de 25%.      
Em resposta ao presidente do Sindha, Marchezan esclareceu que fez reunião com comércio na quinta-feira e que sempre regrou separado cada setor. "Não interpretei que ao falar comércio fosse compreendido que teria restaurantes. Se isso causou constrangimento, desconforto, peço desculpas e não foi intencional", completou  o prefeito.
A dona do Baumbach, restaurante tradicional de culinária alemã, Raqueli Baumbach explicou que voltar a trabalhar. Não quero demitir mais gente", desabafou Raqueli Baumbach, restaurante de gastronomia alemã.   
Fernanda chegou a sugerir que a prefeitura permita colocar mesas nas calçadas para ampliar o espaço e distanciamento, mas o prefeito citou que este tipo de medida já foi feita e gerou aglomeração.
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