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Comércio e serviços de Porto Alegre exigem mesma liberação dos jogos de futebol
'Temos condições de oferecer segurança a funcionários e clientes', garante Irio Piva
LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
O anúncio de liberação dos jogos de futebol em Porto Alegre, feito no começo da tarde desta sexta-feira (31) pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, provocou reações dos setores que sofrem restrições na pandemia desde a primeira semana de julho. Fontes de diversos segmentos, do comércio à construção e escolas ouvidas cobram o mesmo tratamento dado ao futebol. Marchezan sinalizou que pode ter retomada na semana que vem, mas dependerá da ocupação de UTIs. Antes, porém, a pressão para permitir o funcionamento de setores deve aumentar.
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O anúncio de liberação dos jogos de futebol em Porto Alegre, feito no começo da tarde desta sexta-feira (31) pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, provocou reações dos setores que sofrem restrições na pandemia desde a primeira semana de julho. Fontes de diversos segmentos, do comércio à construção e escolas ouvidas cobram o mesmo tratamento dado ao futebol. Marchezan sinalizou que pode ter retomada na semana que vem, mas dependerá da ocupação de UTIs. Antes, porém, a pressão para permitir o funcionamento de setores deve aumentar.
"Apoiamos a volta do futebol, que é muito importante, da mesma maneira pedimos que o comércio possa voltar", apelou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Irio Piva. O dirigente usa como principal argumento para que o tratamento seja o mesmo que o do futebol que "o varejo também pode garantir segurança para funcionários e consumidores". O fechamento do comércio ocorreu há mais de 20 dias.
"Temos condições de oferecer segurança a funcionários e clientes. Com este tempo todo que passou, todos aprendemos a lidar com a situação. Nossas empresas são um lugar seguro", reforça Piva.
Sobre o comentário de Marchezan, de que não teria obtido apoio para fazer um lockdown, o presidente da CDL-POA concorda que os setores não concordaram, o que fragilizou a adoção do fechamento, cogitado pelo prefeito e que chegou a ser defendido pela direção do Hospital de Clínicas.
"Ele está certo, não demos apoio. Ele queria restringir ainda mais. Queremos que a economia e a saúde andem juntas", completa.
Em função do prolongamento das restrições, que voltaram no começo de julho, há lojas que desafiam as proibições, por exemplo, e estão abrindo.
O presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre (Sindha), Henry Chmelnitsky, defendeu que o mesmo modelo de negociação adotado pela prefeitura nas conversas com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e a dupla Grenal seja aplicado aos demais setores econômicos.
"Não importa se vai abrir ou fechar estádio, mas sim que ele (o prefeito) sente conosco e defina uma previsibilidade e um cronograma", afirmou Chmelnitsky. "Do jeito que está, aí sim, vamos ser contra. É secundário abrir ou fechar (estádios), a não ser que abra os nossos segmentos."
"A liberação do futebol é boa, a partir do momento que vemos a perspectiva de abertura, pois não há mais espaço para o comércio fechado, com empresas quebrando, aumentando o número de desempregados e causando pobreza na cidade. Lutamos pela reabertura imediatamente", endossou o presidente do Sindilojas, Paulo Kruse.