Decreto da prefeitura vai liberar 20 mil empresas em Porto Alegre

Nelson Marchezan havia anunciado fechamento de shopping centers a partir desta segunda-feira

Por Marcelo Beledeli

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Medidas visam a reduzir velocidade de ocupação de leitos

Ao explicar na noite deste domingo as novas medidas de restrição às atividades econômicas em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Júnior destacou que o motivo para as imposições é necessidade de frear a velocidade de novos casos graves de Covid-19 na cidade. De acordo com o prefeito, se não fosse tomada nenhuma ação, havia um risco grave de que o número total de leitos de UTIs destinados para pacientes de Covid-19 no município (174) fosse totalmente ocupado em três semanas.
Marchezan destacou que, durante quase dois meses a partir de 10 de abril, o número de leitos de UTIs ocupados por pacientes confirmados com Covid-19 se manteve estável em torno de 42 nos hospitais de Porto Alegre. No entanto, depois da liberação generalizada de atividades econômicas, no dia 20 de maio, esse índice começou a crescer fortemente. Neste domingo, a Capital gaúcha contava com 77 pacientes confirmados com Covid em leitos de UTI. Pela velocidade do crescimento de internações devido à doença, a tendência apontada pela equipe da prefeitura é de que os 174 leitos destinados para os contaminados pela doença seriam totalmente ocupados entre 30 de junho e 4 de julho.
"Esse era um cenário que precisava ser alterado. Por isso estamos tomando essas medidas, que devem ajudar a reduzir a circulação de pessoas e a contaminação pelo vírus", explicou Marchezan. O prefeito afirmou que novas ações mais restritivas não estão descartadas caso a velocidade de ocupação de leitos não for estabilizada nas próximas semanas.

Parque e praças seguem abertos

O fechamento de parques e praças em Porto Alegre para buscar reduzir a exposição de pessoas ao novo coronavírus foi descartado pelo prefeito Nelson Marcheza Júnior. A grande presença de pessoas em alguns ambientes públicos, como a Orla do Guaíba, tem gerado críticas e pedidos para a restrição de circulação da população nesses locais.
Segundo o prefeito, os mais de 670 parques e praças da Capital gaúcha são mais seguros para o população do que outros ambientes fechados, e não deverão sofrer restrições. "Estar com a família em um local aberto com circulação de ar, como um parque ou praça, é bem melhor e gera menos riscos do que um ambiente fechado, como uma loja, academia ou shopping center", destacou Marchezan.