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Economia

- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 21:01

Serra gaúcha segue com bandeira vermelha

Governador Eduardo Leite não acatou argumentos feitos pelos prefeitos contrários à mudança

Governador Eduardo Leite não acatou argumentos feitos pelos prefeitos contrários à mudança


FELIPE DALLA VALLE/PALÁCIO PIRATINI/JC
Roberto Hunoff
Os municípios que integram a região da Serra gaúcha na definição do sistema de distanciamento controlado do governo gaúcho seguirão com nível de risco alto para a Covid-19, representado pela bandeira vermelha, até a segunda-feira (22). Em transmissão on-line, nesta terça (16), o governador Eduardo Leite (PSDB) não acatou argumentos feitos pelos prefeitos contrários à mudança de bandeira na revisão feita no sábado (13). Na avaliação do governador, nenhum fato novo, diferente do que os usados para definir a mudança, foi apresentado pelos prefeitos.
Os municípios que integram a região da Serra gaúcha na definição do sistema de distanciamento controlado do governo gaúcho seguirão com nível de risco alto para a Covid-19, representado pela bandeira vermelha, até a segunda-feira (22). Em transmissão on-line, nesta terça (16), o governador Eduardo Leite (PSDB) não acatou argumentos feitos pelos prefeitos contrários à mudança de bandeira na revisão feita no sábado (13). Na avaliação do governador, nenhum fato novo, diferente do que os usados para definir a mudança, foi apresentado pelos prefeitos.
Após o anúncio, os prefeitos integrantes da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) se reuniram em videoconferência. Decidiram concentrar os trabalhos esta semana em cima dos itens que foram apontados com bandeira preta pelo modelo do Estado, para que na próxima semana se possa reverter o quadro da região.
O prefeito de Caxias do Sul, Flávio Cassina, recebeu a notícia com frustração. "Temos adotado uma série de critérios e medidas para ampliação do sistema de saúde e contávamos com a revisão e reconsideração do governador. Trabalhamos nas últimas semanas para chegar à bandeira amarela e, ao contrário, estamos na vermelha. Então, é frustrante. Agora nos cumpre acatar", avalia.
Com base no anúncio do governador, o Sindilojas Caxias alertou os comerciantes para que mantenham os estabelecimentos do comércio varejista não essencial fechados, conforme informado no sábado. A presidente Idalice Manchini ressalta que ao manter a loja aberta, o empresário está sujeito às medidas cabíveis, como advertência, multa e responsabilização criminal.
A dirigente salientou que as perdas para o comércio estão se acumulando, o que agrava ainda mais a situação. "Como é a segunda vez que nossas atividades são interrompidas, não há como prever o impacto dessa nova parada para os negócios. Lamentavelmente, demissões vão ocorrer e, possivelmente, comerciantes venham a encerrar as atividades por falta de condições de manter uma loja sem faturamento, considerando a inflexibilidade estabelecida. A nossa postura é de orientar o comerciante a cumprir o decreto, mesmo discordando do rigor da decisão", argumenta.
O Sindilojas Caxias solicitou uma audiência com o prefeito Flávio Cassina para esta quarta-feira (17), às 14h, com a presença das demais entidades do comércio. O objetivo é solicitar um decreto municipal que permita ao comércio varejista não essencial oferecer aos clientes os serviços de tele-entrega, take away e drive thru para comércio de rua, centros comerciais e shoppings. O protocolo estadual só permite entregas feitas pelos Correios, mesmo se a compra for feita por meio de e-commerce.
Pelas avaliações feitas pelo Gabinete de Crise do governo estadual, a região da Serra apresentou piora em seis dos 11 indicadores usados para estabelecer o grau de risco da pandemia. Após um período de estabilidade em maio, entre a semana retrasada e a passada, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 subiu de 23 para 63, aumento de 174%. As internações em leitos de UTI Covid passaram de 31 para 44, incremento de 42%. “Vemos uma tendência de aumento de casos na Serra gaúcha. Não houve dados suficientes para que se alterasse a bandeira”, explicou o governador.
Leite admitiu apenas avaliar a divisão da macrorregião com a criação das microrregiões das Hortênsias, dos Campos de Cima da Serra e da Uva e do Vinho. A possibilidade será tratada no âmbito do Gabinete de Crise e, caso aceita, pode ser adotada já a partir da próxima semana. Outra região também não contemplada no pleito de mudar de bandeira foi Uruguaiana, enquanto Santa Maria e Santo Ângelo tiveram suas justificativas consideradas e retornaram para a cor laranja.
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