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Economia

- Publicada em 16 de Abril de 2020 às 21:32

Movimento é intenso com reabertura das lojas no interior gaúcho

Em Bagé, pessoas lotaram as ruas esperando o comércio funcionar

Em Bagé, pessoas lotaram as ruas esperando o comércio funcionar


TIAGO ROLIM DE MOURA/JORNAL MINUANO/DIVULGAÇÃO/JC
Marcelo Beledeli
Dezenas de cidades do interior do Estado já começaram, nesta quinta-feira, a reabrir o comércio, após a publicação do decreto do governo do Estado que flexibiliza as atividades comerciais de 463 municípios gaúchos (incluindo os 13 da Região Metropolitana da Serra, incluídos na noite desta quinta-feira). Apenas os 34 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre ainda estão mantendo o fechamento de lojas até o dia 30 de abril. Segundo o decreto do governo, os estabelecimentos comerciais podem abrir para atendimento ao público, autorizados por norma municipal, desde que com algumas restrições, como número máximo de clientes dentro das lojas, obedecimento de regras de higienização e criação de escala de revezamento dos funcionários, entre outras. 
Dezenas de cidades do interior do Estado já começaram, nesta quinta-feira, a reabrir o comércio, após a publicação do decreto do governo do Estado que flexibiliza as atividades comerciais de 463 municípios gaúchos (incluindo os 13 da Região Metropolitana da Serra, incluídos na noite desta quinta-feira). Apenas os 34 municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre ainda estão mantendo o fechamento de lojas até o dia 30 de abril. Segundo o decreto do governo, os estabelecimentos comerciais podem abrir para atendimento ao público, autorizados por norma municipal, desde que com algumas restrições, como número máximo de clientes dentro das lojas, obedecimento de regras de higienização e criação de escala de revezamento dos funcionários, entre outras. 
Em alguns lugares, a reabertura de lojas chegou gerar grande movimento de pessoas, com filas em frente a algumas lojas. Um deles foi Bagé, terceiro município com mais casos de coronavírus no Rio Grande do Sul (28 confirmações). O comércio da cidade, que estava fechado desde o dia 20 de março, teve o funcionamento liberado por decreto ainda na tarde de quarta-feira, com a abertura de lojas permitida das 13h às 18h30min.
"Algumas lojas que usam pagamentos em forma de carnê registraram aglomerações de pessoas para pagar suas prestações, devido tanto à demanda reprimida quanto pela necessidade de atender um número reduzido de clientes dentro do espaço, devido às normas para contenção do coronavírus", explica Pedro Ernesto Cappioti Obino, presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba). Segundo Obino, esse movimento deverá se normalizar nos próximos dias, conforme as pessoas conseguirem pagar seus carnês.
O presidente da Aciba destaca que, devido às severas restrições impostas nos primeiros dias do fechamento - quando as lojas não podiam operar sequer pelas redes sociais, ecommerce ou delivery - muitas empresas tiveram queda de praticamente 100% da receita. "A economia já estava em recuperação lenta, e para algumas empresas da cidade a pandemia foi o ponto de corte para o fechamento. A grande maioria fez uso das medidas liberadas pelo governo federal, como suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada e salários, mas várias também efetuaram demissões", afirma. "Aqui nos preocupamos 100% com saúde, mas o efeito colateral econômico está grande."
Para Obino, o desafio do comércio agora é retomar as atividades. "O empresário precisa ter claro que a vida não voltou ao normal. Esse foi um avanço que tivemos, mas tem ainda estamos no meio de uma pandemia. Temos que ter responsabilidade e cumprir os requisitos exigidos para poder trabalhar respeitando a saúde da população.
Em São Borja, na Fronteira Oeste, o comércio reabriu às 12h desta quinta-feira, com várias restrições. "As lojas só podem ter 30% de sua capacidade de atendimento, e com horário de fechamento às 18h", explica Wolmi Oliveira, presidente da Associação Comercial de São Borja (Acisb).
Oliveira destaca que São Borja foi uma das primeiras cidade a exigir capacitação total dos empregados do comércio nos cuidados do combate ao vírus. "Antes do decreto do governo do Estado de fechamento das lojas, em 31 de março, havíamos capacitado mais de 2 mil pessoas para os cuidados sanitários no atendimento ao público para evitar a disseminação do coronavírus. As empresas que fizeram essa preparação ganharam um selo, e só aquelas que possuem esse selo podem reabrir agora", destaca.
Para o presidente da Acisb, o principal objetivo agora é recuperar as perdas econômicas causadas pelo fechamento. Segundo Oliveira, o comércio de São Borja teve queda de cerca de 70% de sua receita no período, e em torno de 200 empregos foram perdidos na cidade. "Estamos inclusive criando um comitê de auxílio às empresas para buscarem a ajuda econômica oferecida pelo governo, pois muitos estão com um sentimento de derrota tão grande que não têm forças nem para ir atrás de informações", comenta Oliveira.
A reabertura das lojas no interior também foi celebrada por Felipe Fontana, presidente da Associação Comercial, Cultural, Industrial, Serviços e Agropecuária de Santo Ângelo (Acisa). A cidade das Missões também liberou o funcionamento das lojas nesta quinta-feira, por decreto da prefeitura. "O estrago econômico foi muito forte. Felizmente o governo entendeu agora que a realidade de uma cidade de 80 mil habitantes, que não teve nenhum caso registrado de coronavírus, é diferente de uma metrópole", afirma.
Segundo Fontana, a associação buscará trabalhar junto com os empresários para reduzir os impactos econômicos do fechamento. "Sabemos que houve demissões, e já existem locais com imóveis vazios, para alugar, por que a loja foi fechada. Agora vamos buscar capacitar as empresas para atender ao público com todas as restrições impostas e a trazer o consumidor de volta ao nosso comércio."
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