A epidemia de coronavírus tem sido motivo de pânico no mundo inteiro. Com um número cada vez maior de infectados, o vírus já conseguiu se espalhar por cinco continentes, provocando incertezas para aqueles que possuem viagens marcadas. Diante dessa situação, diversas companhias aéreas começaram a divulgar uma flexibilização das suas políticas de remarcação e cancelamento de viagens.
Empresas como a Air France e a KLM, por exemplo, anunciaram que, até o fim deste mês, os clientes podem reservar sua próxima viagem com a garantia de poder modificar a reserva sem custo extra. A diferença de tarifa por conta da alteração de data, porém, ainda será aplicada.
Se o cliente tiver emitido um bilhete até o dia 31 de março para um voo programado até o dia 31 de maio, independentemente do destino, poderá adiar sua viagem, sem custo adicional, para um voo posterior para o mesmo destino até 31 de maio incluído na mesma classe de reserva.
O cliente também pode optar por alterar seu destino ou adiar sua partida para após 31 de maio. Nesses casos, as companhias oferecem um voucher válido por um ano e que pode ser usado em voos operados pela Air France e pela KLM. Para viagens iniciadas no Brasil, todas as modalidades de bilhete, em qualquer cabine, podem ser canceladas, isentas de multa.
As companhias do Grupo Lufthansa informaram que, até o dia 31 de março, irão cancelar as taxas de remarcação de passagem para todos os novos voos reservados globalmente e irão oferecer a possibilidade de remarcá-la uma vez, gratuitamente, independentemente das condições da reserva realizada originalmente. Os clientes poderão remarcar sua viagem para uma nova data até 31 de dezembro sem o pagamento de taxas de remarcação.
Quanto às reservas existentes, a nova política é válida internacionalmente para passagens aéreas adquiridas antes de 5 de março com data de viagem até 30 de abril. Os clientes podem remarcar seus voos para uma nova data até 31 de dezembro sem o pagamento de taxas, independentemente das condições originais da reserva realizada.
Essas novas normas estabelecem que os aeroportos de partida e destino devem permanecer os mesmos. Se a tarifa original não estiver mais disponível, a diferença correspondente deverá ser paga. A remarcação de passagem deve ser realizada antes da data original da viagem.
Assim como a Lufthansa, a United Airlines informou que todos os bilhetes emitidos de 3 a 31 de março estarão isentos de taxas de alteração. Isso é válido para todos os tipos de tarifas, destinos, pontos de venda e viagens até 12 meses a partir da data de emissão do bilhete original. As alterações podem ser solicitadas para bilhetes com valor igual ou menor. Para bilhetes de menor valor, a diferença não será reembolsada, mas, se o novo bilhete possuir uma tarifa maior, o cliente pagará apenas a diferença tarifária.
A Alitália, por outro lado, anunciou que os viajantes com bilhetes para um destino no Norte da Itália que adquiriram bilhetes nos mercados internacionais no dia 23 de fevereiro, com datas de viagem entre 23 de fevereiro e 8 de março, têm o direito de reservar novamente seus voos, sem penalidade, com uma nova data de partida até o dia 31 de março.
Companhias brasileiras também anunciaram alterações nos seus serviços. O Grupo Latam comunicou a suspensão temporária de suas operações entre São Paulo e Milão. A medida está em vigor de 2 de março a 16 de abril, e os passageiros afetados pela restrição já estão recebendo todo o suporte para remarcação sem multa e as opções de reembolso completo.
Até o dia 22 de março, a companhia permitirá que clientes com reservas para voos internacionais a serem realizados até 31 de dezembro agendem suas viagens com a opção de alterar a data e/ou destino posteriormente. É permitida uma alteração por bilhete, sem multa, até 14 dias antes da partida do voo original, sujeita a diferenças tarifárias.
A outra empresa brasileira é a Azul. A companhia informou que está disponibilizando a opção de reembolso integral da passagem apenas para clientes com conexão em Lisboa ou Porto e que tem como destino ou origem a Itália.