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Economia

- Publicada em 20 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Venda global de orgânicos cresce 11% de 2000 a 2017

Com mais de 27 mil toneladas por ano, País é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina

Com mais de 27 mil toneladas por ano, País é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina


/CAMILA DOMINGUES/PALÁCIO PIRATINI/JC
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) identificou crescimento médio de 11% nas vendas de produtos orgânicos no mundo, entre 2000 e 2017, período em que o número de produtores subiu de 253 mil para 2,9 milhões. No Brasil, apesar de os dados ainda serem imprecisos, estimativas apontam crescimento médio de 17% entre 2010 e 2018, para cerca de 17 mil produtores orgânicos.

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) identificou crescimento médio de 11% nas vendas de produtos orgânicos no mundo, entre 2000 e 2017, período em que o número de produtores subiu de 253 mil para 2,9 milhões. No Brasil, apesar de os dados ainda serem imprecisos, estimativas apontam crescimento médio de 17% entre 2010 e 2018, para cerca de 17 mil produtores orgânicos.

No mundo, o crescimento ocorreu sobretudo na Ásia, na África e na América Latina, informa o Ipea. O Brasil ocupava, em 2017, o 12º lugar entre os 20 países com maior área de produção orgânica. O País é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, com mais de 27 mil toneladas anuais, e lidera a produção mundial de açúcar orgânico, sendo também o país com mais colmeias, quase 900 mil, segundo o Ipea.

A projeção de faturamento, em 2018, pelo Conselho Nacional da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), foi de R$ 4 bilhões. Os cálculos se baseiam no aumento das exportações, no surgimento de novas empresas e na variedade de produtos lançados periodicamente no Brasil. "Impulsionada pela demanda crescente por alimentos saudáveis, a agricultura orgânica avança em certificação, área plantada, número de produtores e volume produzido no Brasil e no mundo, para consumo interno ou exportação", avalia o instituto, ligado ao Ministério da Economia.

Segundo o estudo, a demanda mundial por alimentos orgânicos tende a se ampliar nos próximos anos, pois esses alimentos são associados a níveis mais elevados de segurança e saúde dos consumidores, bem como a menores impactos sociais e ambientais. No Brasil, destaca o órgão, ainda existem obstáculos como a falta de informações para acompanhamento, consulta e planejamento da atividade.

"A concentração de terras e o predomínio de monoculturas no Brasil limitam o aumento da conversão de áreas cultiváveis em orgânicos, bem como a maior diversificação produtiva, a conservação de sementes crioulas, além do reduzido investimento em pesquisas, a difusão de estudos, experiências e inovações tecnológicas", explica.

A área ocupada com a produção orgânica cresce em média 2% ao ano no País. Em 2018, havia mais de 22 mil unidades de produção orgânica certificadas, frente a pouco mais de 5 mil em 2010, segundo o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do Ministério da Agricultura.

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