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Após o período de compras de Natal, o melhor para o varejo, o Sindilojas Porto Alegre deu início à campanha de descontos promocionais Queda Livre, que já está na terceira edição e começou nesta quinta-feira. De acordo com o presidente da entidade, Paulo Kruse, a iniciativa é importante porque dá um destino para o estoque que as lojas fizeram com foco no Natal, que é superior ao de outros meses do ano com aumento de vendas de duas vezes mais do que em outros momentos.
"Tem algumas peças que o lojista adquire para o período e não vende como imaginou, então devem ser feitas liquidações para dar um destino a esses itens e abrir espaço para repor os estoques para o inverno" explica Kruse. Além disso, os produtos podem ficar obsoletos para o ano seguinte e representar prejuízo.
Na última edição da campanha, entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano, a campanha teve a participação total de 1,8 mil lojas. Até o momento, em torno de 200 lojistas já receberam os kits de decoração que solicitaram, e que identificam a promoção nas lojas, como bandeiras, cartazes, displays e móbiles. O Sindilojas também viabilizou, via download, do material de divulgação para associados no site da entidade, dentre eles imagens para redes sociais.
Kruse afirma que esta semana ainda é de bom movimento no comércio pois, mesmo não chegando no nível do Natal, há bastante procura. "Muitas pessoas vão trocar seus presentes também, comprar roupas para o Ano Novo", diz, ao argumentar que a promoção facilita e estimula as compras.
A Queda Livre abre o período de campanhas de estímulo no comércio da Capital durante o verão, um período tradicionalmente baixo na movimentação. Nas próximas semanas, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) vai dar início ao Liquida Porto Alegre, tradicional campanha de promoções no varejo municipal.
Cresce a intenção de consumo das famílias gaúchas
A pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Fecomércio-RS de dezembro apresentou melhora ao chegar ao 92,2 pontos, alta de 2,7% frente ao mês anterior e aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2018. Ao longo de 2019, apesar de ter ficado em torno de um mesmo patamar na comparação mensal, o ICF fechou o ano com alta na margem, registrando o maior valor desde maio de 2015 (94,9 pontos), com avanço ante o mês anterior em todos indicadores, com exceção do nível de consumo atual.
A análise da Fecomércio-RS diz que recuperação da confiança ainda é lenta e as famílias seguem cautelosas, com o índice ainda não tendo atingindo o patamar otimista (a partir de 100 pontos). O único componente do ICF que sustenta uma distância considerável do patamar neutro é a situação do emprego (113,9 pontos). A perspectiva de consumo (102,2 pontos) ainda tem oscilado ao redor da neutralidade, enquanto a situação de renda atual, que ficou predominantemente acima da linha neutra durante 2019, atualmente se encontra logo abaixo (99,1 pontos). Momento para duráveis (63,8 pontos), por sua vez, persiste com elevado pessimismo, puxando o índice para baixo.
Segundo o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a retomada da economia impôs uma velocidade mais lenta ao retorno da confiança das famílias em 2019. "No RS, além da crise fiscal, que reflete atrasos dos salários dos servidores, o mercado de trabalho de maneira geral não teve um comportamento animador ao longo de 2019. Ainda, mais recentemente, o aumento do preços das carnes, importante item de consumo dos gaúchos, certamente implicou uma percepção de redução da capacidade de consumo. ", comenta Bohn.
Numa avaliação referente ao futuro, tanto a perspectiva profissional quanto a de consumo encerram 2019 em nível mais alta do que 2018. A diferença porém, está no patamar. Enquanto a perspectiva profissional persiste pessimista, a de consumo marginalmente superior à neutralidade. "Essa avaliação das famílias é mais um sinal de que 2019 encerra melhor do que iniciou. Todos esperamos, e precisamos, de um 2020 melhor", estima o presidente da Fecomércio-RS.