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Economia

- Publicada em 04 de Dezembro de 2019 às 19:03

Grêmio pretende comprar gestora da Arena e viabilizar obras do entorno

Direção do Grêmio aposta que até dia 20 define acordo com MP e negociação para ficar com a Arena

Direção do Grêmio aposta que até dia 20 define acordo com MP e negociação para ficar com a Arena


CLAITON DORNELLES /JC
Patrícia Comunello
O Grêmio deve comprar a Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio e pertencente à construtora OAS, como parte do plano traçado pela direção do clube para resolver o imbróglio que trava hoje a antecipação da compra da gestão do templo Tricolor. Para fechar o negócio que transfere o estádio 13 anos antes do previsto para o clube, que seria em 2033, é preciso equalizar a execução das obras do entorno, que acabaram virando um processo na Justiça Estadual.  
O Grêmio deve comprar a Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio e pertencente à construtora OAS, como parte do plano traçado pela direção do clube para resolver o imbróglio que trava hoje a antecipação da compra da gestão do templo Tricolor. Para fechar o negócio que transfere o estádio 13 anos antes do previsto para o clube, que seria em 2033, é preciso equalizar a execução das obras do entorno, que acabaram virando um processo na Justiça Estadual.  
A informação sobre a compra com o esperado desfecho da negociação para assumir a Arena foi revelada nesta quarta-feira (4) pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior. "Quem vai assumir as obras é a Arena Porto-alegrense", afirmou Bolzan. A gestora Arena Porto-Alegrense é uma empresa da construtora OAS, que construiu o estádio. Logo depois, ao explicar as negociações, o presidente revelou que o Grêmio "possivelmente vai comprar a Arena". 
O clube negocia com a construtora, hoje em recuperação judicial, um acordo para antecipar a transferência do estádio. Tudo estaria em um só pacote, parte firmada na Justiça e outra por meio de financiamentos com bancos. Segundo Bolzan, as obras no entorno estão previstas em R$ 41 milhões. O valor já foi mais de R$ 100 milhões, mas houve revisão de itens das obras, pois o empreendimento no complexo da Arena foi revisado.
A incorporadora Karagounis, que tem 80% do capital da OAS, seria a executante das intervenções, mas a empresa não obteve aval da Caixa Econômica Federal, que tem parte da Karagounis por meio de um fundo de investimento, para usar garantias prometidas na negociação na Justiça. A incorporadora tem torres residenciais ao lado da Arena, sem liberação de habite-se devido ao impasse. 
O Grêmio quer formalizar o acordo e também modelar a negociação com os bancos até o fim deste mês. Vantagens tributárias associadas à operação com os bancos é um dos motivos de o clube dizer a todo momento que "sai agora ou não sai mais". Ou seja, manteria-se o prazo de 2033. O Grêmio quer levar às instituições financeiras o acordo com o negócio da compra da gestora da Arena, que tem o fluxo de recursos. A expectativa é ter a minuta do acordo homologada com o MP, prefeitura e demais envolvidos.
Na modelagem, a previsão é que a Arena Porto-Alegrense coloque os fluxos que recebe do Grêmio (pagos dentro do acordo em vigor) como recursos para suportar as obras viárias e demais intervenções no entorno. "Esses valores são 'meus' (Arena) e autorizo o Grêmio a colocar em um fundo que suportará as obra do entorno", descreve Bolzan, como termos que podem constar em um contrato. 
Sobre o futuro da gestora que passaria ao Grêmio, o presidente disse que ela estará ligada à estrutura do clube, como uma empresa, mas que não será "contaminada" pelas demais áreas de atuação do Tricolor. Além disso, pode ter revisão de tamanho da estrutura, que tem hoje 48 funcionários contratados.   
A negociação está com bom andamento, sinaliza o dirigente. "Depende mais do MP concordar em fazer a nova repactuação. A prefeitura, que é a maior interessada, tem de concordar", observa Bolzan frisando que há uma grande abertura dos procuradores para firmar a solução. Haverá nova reunião na próxima semana. O Grêmio espera ter o acerto final até dia 20.   
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