O 32º Encontro Nacional de Produtores de Alho deve reunir em torno de 500 participantes, nesta sexta-feira, no município de Ipê, na serra gaúcha. Organizada pela prefeitura e associações nacional (Anapa) e estadual (Agapa) dos produtores de alho, a atividade tratará sobre a realidade e os desafios do setor.
O encontro ainda tem o apoio do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua, da Emater-RS/Ascar e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura. A programação se desenvolverá a partir das 13h30min, no salão paroquial, por meio de palestras técnicas, discussão e planejamento de mercado. Haverá, ainda, apresentação de linhas de crédito, painel com o presidente da Anapa, Rafael Corsino, e espaço para debates e perguntas. Como atividade paralela, ocorrerá uma feira de agronegócios com exposição de máquinas e insumos agrícolas na área externa do salão paroquial.
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De acordo com o presidente da Agapa e secretário da Agricultura e Meio Ambiente de Ipê, Valdir Pereira Bueno, um dos objetivos do encontro é conscientizar sobre a importância do setor e apresentar análises da produção e do mercado.
"Pretendemos fortalecer os desafios e as variações do mercado, especialmente na taxa antidumping, e levar aprendizados e oportunidades técnicas para os produtores no manejo da cultura, além de informações sobre os desafios do mercado e linhas de crédito, até porque temos uma perspectiva satisfatória para os preços do alho neste ano", afirma.
No início de outubro, o setor obteve uma importante vitória com a publicação no Diário Oficial da União da prorrogação por cinco anos do direito antidumping sobre o alho chinês. Durante esse período, o produto chinês fresco ou refrigerado será taxado em US$ 0,78 por quilo importado pelo Brasil, independentemente da classificação em tipo, classe, grupo ou subgrupo. O objetivo da medida é proteger, da concorrência desleal, a produção brasileira, que abastece metade do mercado nacional.
De acordo com os dados da Anapa, o Brasil tem mais de 12 mil hectares plantados, com produção, em 2018, de 140 mil toneladas, equivalentes a 13,5 milhões de caixas de 10 quilos
Atualmente, a atividade envolve mais de 4 mil famílias e gera 40 mil empregos diretos. Já as importações totalizaram 16,5 milhões de caixas de 10 kg.