O dólar registrou baixa ante outras moedas fortes em geral, depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortou os juros em 25 pontos-base nos Estados Unidos, como esperado.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar caía a 108,80 ienes, o euro avançava a US$ 1,1145 e a libra tinha alta a US$ 1,2896. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, recuou 0,04%, a 97,646 pontos.
Pela manhã, o dólar se fortaleceu após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre, que superou a previsão de alta de 1,6% ao crescer à taxa anualizada de 1,9%. O índice DXY, porém, logo oscilava entre ganhos e perdas, sem muito impulso.
Além disso, o noticiário sobre as tensões comerciais EUA-China foi monitorado. O Chile informou que não poderá abrigar a cúpula da Apec, quando se esperava a assinatura de uma fase 1 do acordo comercial entre chineses e americanos, em novembro. Repórter da Fox Business, Edward Lawrence informou que a cúpula poderia ocorrer em Macau, conforme sugestão de Pequim, mas a notícia vinda de Santiago lançou novas dúvidas sobre a questão.
À tarde, o Fed confirmou a expectativa e cortou os juros pela terceira vez neste ano. O presidente do BC americano, Jerome Powell, afirmou considerar que os juros já estão em patamar adequado. Em meio às declarações de Powell em sua entrevista coletiva, o dólar se fortaleceu, mas o movimento tampouco teve muito impulso.
Ainda durante o discurso de Powell, o dólar voltou a cair ante outras moedas principais. Na avaliação da BK Asset Management, a postura do presidente do Fed apoiou a tomada de risco, ao mostrar otimismo sobre a economia.
Entre outras moedas em foco, o dólar canadense se fortaleceu, após o Banco Central do Canadá decidir manter a taxa básica de juros em 1,75%. O Rabobank destaca que o BC canadense mostrou um tom cauteloso, ao dizer que os riscos estão mais voltados para de baixa do que antes.
O dólar ainda chegou a recuar em relação ao peso argentino, diante da continuidade das medidas nesta semana pelo Banco Central da República Argentina (BCRA) para conter o câmbio, inclusive restringindo a compra de dólares. No fim da tarde em Nova York, contudo, o dólar avançava a 59,6546 pesos.