O dólar passou a subir na manhã desta terça-feira após iniciar a sessão com viés de baixa. Na segunda-feira (14), a moeda americana já havia avançado para o patamar de R$ 4,12, após acumular ganho de 0,95% na semana passada em meio a expectativas e incertezas sobre o desfecho da primeira etapa de negociações comerciais sino-americanas.
Os ajustes são moderados em meio a uma liquidez ainda fraca. Com a agenda de indicadores esvaziada no Brasil, a atenção se volta para o Congresso e a crise entre PSL e o presidente Jair Bolsonaro. Às 10h05min, o dólar à vista registrava máxima, alta de 0,32%, a R$ 4,1403. O dólar futuro de novembro estava em alta de 0,24%, na máxima em R$ 4,1405. No exterior, o índice DXY subia 0,09%, e a moeda americana subia ante dólar australiano, peso chileno, rupia indiana, dólar neozelandês, rublo e rand sul africano.
A defesa de Luciano Bivar classificou a busca e apreensão da PF como "situação fora de contexto", disse "que o inquérito se estende há 10 meses e não há indícios de fraude".
Segundo um operador de câmbio, o receio dos investidores é de que essa confusão provoque atraso nas votações dos projetos da cessão onerosa e, por tabela, do segundo turno da reforma da Previdência, no Senado, que está marcada para o dia 22 de outubro.
Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirma ser "imprescindível" que o Congresso acelere a votação de projetos para viabilizar a divisão dos recursos do maior leilão de petróleo do mundo com Estados e municípios e o pagamento à Petrobras. Rodrigues disse que vencer essa etapa é importante para trazer segurança jurídica ao leilão, marcado para 6 de novembro.
Na agenda do Congresso, o Senado pode votar nesta terça o projeto de lei que trata da partilha da cessão onerosa, sem horário previsto. Na Câmara dos Deputados, a Comissão especial do PL da reforma dos militares discute e vota parecer do relator da Câmara (14h). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode votar proposta que permite a prisão de condenados em segunda instância. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), faz palestra durante o Empresas Mais 2019, premiação promovida pelo Broadcast e pelo jornal O Estado de S. Paulo.
No mercado externo, há dúvidas sobre as negociações comerciais entre Washington e Pequim. Fontes da Bloomberg disseram nesta terça que a China terá dificuldades de elevar suas importações anuais de bens agrícolas dos EUA para US$ 50 bilhões a menos que Pequim remova tarifas regulatórias impostas a produtos americanos, o que exigiria uma ação recíproca do presidente Donald Trump.