Duas equipes do Ministério da Agricultura encerraram na sexta-feira as vistorias que vão definir se o Rio Grande do Sul poderá ou não retirar a vacina contra a febre aftosa em 2021. O relatório com as conclusões sobre as condições de defesa sanitária, fiscalização e controle rápido em caso de aparecimento da doença em algum animal tem prazo de 30 dias para ser concluído. Depois, o controle de defesa sanitária animal do ministério tem mais 15 dias para avaliar o relatório e comunicar o resultado ao governo gaúcho, para eventuais contestações. As vistorias e avaliações nas áreas de fiscalização e controle sanitário do governo gaúcho foram feitas no Norte do Estado, na região Central, no Noroeste e na Fronteira-Oeste.
"Provavelmente esse relatório será conhecido entre o final de novembro e início de dezembro. Se a auditoria apontar que é possível retirar a vacinação, a solicitação à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) para reconhecimento do Estado de zona livre de aftosa sem vacinação será feita em maio de 2020. As perspectivas são positivas", avalia o superintendente federal do Ministério da Agricultura no Estado, Bernardo Todeschini.
Caso a auditoria aponte que há condições, porém, esse status poderia ser alterado somente em 2021, após 12 meses sem vacinar e sem o aparecimento de nenhum foco. Em novembro deste ano a imunização será feita de qualquer forma já que não haverá ainda um relatório final apresentado, explica Todeschini.
Neste ano, a primeira etapa de vacinação contra febre aftosa, realizada em maio, teve cobertura de 99% do rebanho gaúcho, de acordo com levantamento da Secretaria da Agricultura. A meta inicial era atingir 90% do plantel, estimado em 12,5 milhões de animais. Neste ano, a vacina teve alterações na formulação, com redução na dosagem de aplicação, de 5 ml para 2 ml e a composição do produto também foi modificada com intuito de diminuir os nódulos.