Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 24 de Julho de 2019 às 09:14

Petrobras vende R$ 8,6 bilhões em ações da BR Distribuidora e privatiza subsidiária

Maior distribuidora de combustíveis do país, a BR tem 27,4% de participação no mercado nacional

Maior distribuidora de combustíveis do país, a BR tem 27,4% de participação no mercado nacional


MARCIO ROBERTO/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
A Petrobras arrecadou R$ 8,6 bilhões com nova venda de ações de BR Distribuidora nessa terça-feira (23). A subsidiária de postos de combustíveis passa a ter mais capital privado do que estatal. A venda é mais um capítulo dos desinvestimentos da Petrobras. A gestão Jair Bolsonaro, com Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia, pretende acelerar esse processo de venda de ativos.
A Petrobras arrecadou R$ 8,6 bilhões com nova venda de ações de BR Distribuidora nessa terça-feira (23). A subsidiária de postos de combustíveis passa a ter mais capital privado do que estatal. A venda é mais um capítulo dos desinvestimentos da Petrobras. A gestão Jair Bolsonaro, com Paulo Guedes à frente do Ministério da Economia, pretende acelerar esse processo de venda de ativos.
A petroleira, que detinha 71,25% do capital da BR, se desfez de 30% dos papéis. Com isso, a BR deixa de ter controle estatal. Foi publicado um fato relevante pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nessa terça. A Petrobras fechou a venda de quase 350 milhões de ações por R$ 24,50 cada uma. Agora, a petroleira detém 41,25% da distribuidora.
Um lote de mais papéis, chamado de suplementar, poderá ampliar as cifras dessa negociação de privatização nos próximos dias. Serão ofertadas mais 43,7 milhões de ações, também por R$ 24,50 cada uma. Efetuadas essas transações, a arrecadação poderá chegara R$ 9,6 bilhões. Nesse caso, a participação da Petrobras na empresa cairá para 37,5%.
Em 2017, a Petrobras já havia vendido 28,75% das ações da BR, em operação que girou R$ 5 bilhões. A petroleira, até então, era detinha 100% do capital da distribuidora, o que fazia da BR uma empresa totalmente estatal.
Hoje, a BR Distribuidora tem como principais competidores a Raízen, empresa da Cosan que opera com a marca Shell, e a Ipiranga, do grupo Ultra.
A avaliação da gestão das empresas é que, sem controle estatal, a distribuidora ficará mais ágil para competir no mercado brasileiro.
Aprovada pelo conselho de administração da Petrobras em maio, a venda das ações da BR é parte do plano para levantar recursos para pagar dívidas e focar a exploração do pré-sal. A venda de ações anunciada só foi possível após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em junho deste ano, que liberou a privatização de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso.
Maior distribuidora de combustíveis do país, a BR está presente em todos os estados, com 27,4% de participação no mercado nacional. A distribuidora tem uma rede de 7.703 postos de gasolina, 95 unidades operacionais e atuação em 99 aeroportos.
Na esteira do julgamento do STF, a empresa também concluiu outro negócio bilionário. Em junho, foram vendidos cerca de 90% das operações da TAG, subsidiária que opera as malhas de gasodutos do Norte e Nordeste, à francesa Engie e à canadense Caisse dépôt et placement du Québec, por R$ 33,5 bilhões.
Também em junho, a Petrobras deu início à venda de refinarias. Serão desestatizadas 8 de suas 13 unidades, em um processo que pretende privatizar metade da capacidade nacional de refino.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO