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mundo pet

- Publicada em 21 de Julho de 2019 às 21:47

Gasto mensal com cachorro é de R$ 300,00

Além da alimentação, cuidados englobam banho e tosa, vermífugo, antipulgas e brinquedos

Além da alimentação, cuidados englobam banho e tosa, vermífugo, antipulgas e brinquedos


ANA PAULA APRATO/ARQUIVO/JC
Manter um animal de estimação exige, além de tempo para compartilhar momentos, dinheiro para garantir a saúde e o bem-estar do bichinho. Neste caso, quem sustenta um felino em casa desembolsa um valor menor do que quem convive com um cachorro. Pelo menos é o que aponta um levantamento realizado em 2018 pela CVA Solutions com cerca de 6 mil tutores de pets de várias espécies em todo o País. Segundo a pesquisa, a média mínima de gastos destinados aos cuidados básicos de um cão (considerando porte médio) é de, aproximadamente, R$ 300,00 mensais. Deste valor, R$ 121,00 seriam destinados somente para cobrir os custos com ração. O restante cobriria outras necessidades de uso constante, como vermífugos (R$ 55,00); banho e tosa (R$ 90,00); e outros produtos veterinários, como antipulgas.
Manter um animal de estimação exige, além de tempo para compartilhar momentos, dinheiro para garantir a saúde e o bem-estar do bichinho. Neste caso, quem sustenta um felino em casa desembolsa um valor menor do que quem convive com um cachorro. Pelo menos é o que aponta um levantamento realizado em 2018 pela CVA Solutions com cerca de 6 mil tutores de pets de várias espécies em todo o País. Segundo a pesquisa, a média mínima de gastos destinados aos cuidados básicos de um cão (considerando porte médio) é de, aproximadamente, R$ 300,00 mensais. Deste valor, R$ 121,00 seriam destinados somente para cobrir os custos com ração. O restante cobriria outras necessidades de uso constante, como vermífugos (R$ 55,00); banho e tosa (R$ 90,00); e outros produtos veterinários, como antipulgas.
O mesmo levantamento sinaliza que, de um total de R$ 200,00 mensais investidos em cuidados essenciais para os felinos, pelo menos R$ 90,00 serão usados na compra de ração. Os demais gastos girariam em torno de areia sanitária (R$ 54,00), vermífugos (R$ 32,00) e antipulgas. Convivendo com cinco gatos em seu apartamento, a oficial de Justiça Cristina Cardozo de Oliveira, 40 anos, afirma que todo o mês compra um saco de 7,5 kg de ração seca super premium (no valor de R$ 170,00) e sachês de ração úmida (R$ 60,00 mensais).
Ao contrário de um tutor de cachorro, a oficial de Justiça destaca que não precisa se preocupar com os custos de banho para os bichinhos, mas, assim como os donos de cães, ela tem outros gastos além da alimentação. "Aplico neles os remédios preventivos: vermífugos (juntos, os cinco somam R$ 250,00) e antipulgas (R$ 350,00)", calcula. Anualmente, também é necessário vacinar os bichanos. "Para proteger os cinco gatos, gasto R$ 450,00 por ano (só em vacinas) e, quando necessário, levo para consultas veterinárias (que custam R$ 150,00 por gato) ou para fazer exames básicos de saúde (R$ 90,00 em média, por animal)."
A veterinária Giane del Rio, proprietária da clínica Pedigree, em Porto Alegre, valida que "o ideal é dar ração de boa qualidade", de categoria super premium, tanto para gatos como para cães. Dependendo da marca e de onde é vendido, um pacote de 3 kg (suficiente para alimentar por um mês um cãozinho pequeno) custa, em média, R$ 105,00. "É importante ressaltar que, quanto maior o volume do pacote, mais barato fica por quilo", observa Giane. Ela lembra que os cães demandam banhos mensais (valor médio cobrado em petshops oscila entre R$ 35,00 e R$ 60,00, de acordo com o porte do animal) e, em alguns casos, tosa (R$ 80,00, em média), além de vermífugos e antipulgas, todos os meses. "A vacina polivalente custa R$ 85,00 e deve ser aplicada em três doses a cada dois meses no primeiro ano de vida dos caninos, seguida de uma vacina contra raiva (R$ 70,00). Ambas devem ser repetidas (dose única) anualmente", ensina a veterinária.
"No caso de cães filhotes, além das proteções anuais, é preciso vacinar contra doenças como a giárdia (duas doses a partir dos 60 dias de vida, custando R$ 80,00 cada); tosse dos canis (duas doses de R$ 80,00 cada) e leishmaniose (três doses de R$ 150,00 cada, para filhotes a partir de cinco meses)", informa Giane.
Mas, de acordo com o estilo de vida oferecido aos bichinhos, os custos ultrapassam o extremamente necessário e aumentam com facilidade. "Nossos dados mais recentes revelam que, com os cães, o gasto mensal médio é de R$ 338,76 - enquanto o gasto médio com gatos é de R$ 196,56 mensais", observa o vice-presidente de Comércio e Serviços do Instituto Pet Brasil (IPB), Nelo Marraccini, lembrando que os valores variam de acordo com os diversos portes de animais.
Segundo pesquisa recente do IPB, cães pequenos (até 10 kg) geram gasto mensal de R$ 266,18. Os de porte médio (de 11 kg a 25 kg) demandam recursos em torno de R$ 327,51 por mês; e os grandes (de 26 kg a 45 kg) exigem um investimento mínimo de R$ 422,59.

Brasil é o segundo mercado pet do mundo, segundo o IPB

Além dos gatos, os animais de estimação que mais têm sido eleitos para ocupar os lares brasileiros nos últimos anos são peixes (com 6,1%), seguidos pelos répteis e pequenos mamíferos (alta de 5,7%), e aves (5%). Os cães registraram crescimento de 3,8%. "No caso dos peixes, o valor mensal desembolsado pelos tutores gira em torno de R$ 66,50 - considerando um aquário de 40 litros que abrigue em torno de 10 indivíduos", sinaliza o vice-presidente de Comércio e Serviços do Instituto Pet Brasil (IPB), Nelo Marraccini. "Já as aves custam R$ 7,80 por mês, cada uma."
De acordo com o dirigente, o Brasil é o segundo mercado pet do mundo, com participação de 5,2%. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com 40% do faturamento de varejo do setor, em escala global. Importante destacar que a grande maioria dos animais de estimação ainda vive com produtos e serviços básicos, o que possibilita os cálculos apresentados pelos levantamentos do setor. Dependendo do padrão de cuidados e mimos extras, os valores podem até triplicar.
Apaixonada pelo amigo de quatro patas, a advogada Alexandra Carvalho, 47 anos, admite que a verba que destina mensalmente para manter o cão Mushashi está "acima da média". Mais do que cuidados básicos e exames de rotina, ela paga um plano de saúde para o mascote e desembolsa R$ 100,00 por semana para um passeador profissional acompanhar o cãozinho nos passeios de final de tarde, de segunda a sexta-feira. Durante as férias de Alexandra, o cãozinho ainda fica sob os cuidados de uma pet sitter, que cobra R$ 75,00 por dia para alimentar o bichinho e levá-lo para dar uma volta na rua.
"Trato o Mushashi como se fosse um filho", comenta a advogada. Em 2006, ela adotou o cão da raça Akita ainda filhote, após encontrá-lo perambulando pela Praia de Ibiraquera (SC). "Cuido muito bem da alimentação dele, oferecendo vegetais frescos e ração super premium. E ainda misturo com uma ração desidratada que possui uma série de nutrientes e ômega 3 e 6", comenta a tutora. Ela calcula que os custos em torno da alimentação de Mushashi ficam em torno de R$ 250,00 por mês. Fora os mimos que ele recebe, em forma de biscoitos caninos - cujo custo no mercado varia de preço de acordo com o volume e a marca, custando entre R$ 5,95 (75 g) a R$ 24,90 (500 g) cada pacote.
De acordo com o levantamento do IPB, serviços como banho, tosa, passeios e diárias de hotéis para pets, entre outros, respondem por 13,72% do faturamento do setor, enquanto os serviços veterinários equivalem a 12,76%. A venda de produtos para cuidados, higiene e bem-estar animal vem em seguida, com 9,75%. Depois, vêm os produtos veterinários, com 5,74% do faturamento. "Serviços e produtos veterinários de urgência são gastos imprevistos e impossíveis de evitar, mais comuns para caninos e felinos", observa o vice-presidente de Comércio e Serviços IPB.
Fato é que novidades não faltam no mercado, que oferece produtos variados, voltados ao lazer e ao conforto dos animais, como acessórios, que podem encarecer o orçamento. Neste caso, os gastos vão depender da opção do tutor. Por exemplo, se um cão precisa de uma cama, há uma infinidade de modelos e preços. Brinquedos, mimos, roupinhas e outros acessórios também entram nessa categoria.

Número de pets no País chega a R$ 140 milhões

A população de animais de estimação em solo nacional aumentou de 132,4 milhões, em 2013, para 140 milhões em 2018. No ano passado, o IPB contabilizou mais de 54 milhões de cães; 40 milhões de aves; 24 milhões de gatos; 19 milhões de peixes; e 2 milhões de répteis e pequenos mamíferos vivendo em lares brasileiros.
A maioria (47,4%) está concentrada na Região Sudeste. Este universo de seres - que, em grande parte, são considerados integrantes das famílias com quem convivem - alimenta um mercado de R$ 34,4 bilhões injetados anualmente na economia. O montante é puxado pela venda de alimentos (43,86%) para pets. Ração seca, sachês e petiscos já são o principal cardápio da maioria dos animais domésticos brasileiros e respondem por metade do orçamento destinado ao bem-estar dos bichinhos, desembolsado mensalmente pelos tutores.

É possível economizar sem esquecer cuidados básicos

Dedicar um tempo para passear com o cachorro ajuda a evitar problemas de saúde no futuro

Dedicar um tempo para passear com o cachorro ajuda a evitar problemas de saúde no futuro


/TIMOTHY A. CLARY/AFP/JC
A melhor forma de economizar no cuidado com um pet é garantir uma vida saudável a ele. "Quando o tutor reserva tempo de qualidade com o seu animal, promove a este uma vida mais saudável, mais resistência a doenças, maior longevidade e, consequentemente, menos gastos", afirma o vice-presidente de Comércio e Serviços do IPB, Nelo Marraccini. Ele destaca que um tutor que reserva tempo adequado para passear com o seu cão economiza custos com um dogwalker (passeador), ao mesmo tempo em que oferece a dose diária de exercícios físicos que um animal precisa, evitando problemas de saúde posteriores. "Outro exemplo: um tutor que limpa corretamente a gaiola de seu hamster ou ave previne doenças que podem gerar gastos extras no orçamento."
A veterinária Giane del Rio destaca que é fundamental investir em cirurgia de castração a partir de seis meses de vida do pet, para evitar filhotes indesejados e futuras doenças na terceira idade. O processo custa em média de R$ 500,00 - dependendo do peso do bichinho e do tipo de anestesia aplicada pelo veterinário. A escolha de alimentos também é outro fator importante na decisão dos tutores. "Muitas vezes, a tentativa de economizar nessa área, usando produtos de qualidade inferior, pode gerar doenças e gastos maiores no futuro", adverte Giane. Por isso, a recomendação é não economizar com alimentos e garantir ao pet a melhor alimentação, "com produtos da melhor qualidade possível".
"Óbvio que queremos dar o máximo de conforto, lazer e mimos aos nossos pets, mas se o orçamento familiar realmente apertar, é possível manter apenas o que é essencial para o bem-estar do animal", pondera Marraccini. Ele finaliza acrescentando que o médico-veterinário é o melhor profissional para aconselhar quais as medidas e limites para cada pet, particularmente. "Fundamental é evitar adotar um animal por impulso", observa Giane. "Os pets, querendo ou não, demandam gastos e cuidados, praticamente como filhos - tem que pensar e planejar bem."

Produção de pet food brasileira pode crescer mais de 60%

Em 2018, foram consumidas 7,35 milhões toneladas de ração

Em 2018, foram consumidas 7,35 milhões toneladas de ração


/MARIANA CARLESSO/JC
O segmento de alimentos para animais de estimação, o chamado pet food, demandou 7,35 milhões de toneladas para suprir toda a população de cães e gatos no ano passado. Os fabricantes produziram 2,74 milhões de toneladas, o que corresponde a 37,3% do total demandado. No entanto, o mercado ainda tem um potencial de crescimento de 4,6 milhões de toneladas. É o que indica o mais recente levantamento do IPB.
De acordo com os dados levantados, o Brasil está em terceiro lugar no ranking da população pet mundial, com 139,3 milhões de animais de estimação, atrás da China e dos Estados Unidos. Apenas como base de comparação, a América do Norte produz mais de 9,6 toneladas de pet food. "A indústria brasileira tem muito o que desenvolver. Mas os números positivos, juntamente com o potencial de consumo, trazem confiança", ressalta Nelo Marraccini, vice-presidente da unidade de Comércio e Serviços da entidade.