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Infraestrutura

06/06/2019 - 13h37min. Alterada em 19/06 �s 10h52min

Chilena Ultramar investir� R$ 300 milh�es em terminal em Rio Grande

Aporte foi tema da viagem da comitiva gaúcha ao Chile; Ultramar faz operação de celulose da CMPC

Aporte foi tema da viagem da comitiva ga�cha ao Chile; Ultramar faz opera��o de celulose da CMPC


THIAGO REIS DOERFER/SUPRG/DIVULGA��O/JC
Guilherme Daroit
Ainda em fase de escolha do terreno, um novo terminal específico para a cadeia produtiva da celulose está em desenvolvimento no Porto do Rio Grande. O investimento, segundo o diretor-superintendente dos Portos do Estado, Fernando Estima, deve passar dos R$ 300 milhões e será feito pela chilena Ultramar. O assunto foi um dos temas da viagem da comitiva do Piratini ao país nesta semana, e não tem data para conclusão.
“A tomada de decisão já aconteceu. O tempo disso não é nossa prioridade no momento, mas sim ajudar a acelerar o processo e colocar o Estado à disposição”, afirma Estima.
A Ultramar já opera no Rio Grande do Sul por meio da Sagres, que faz a operação logística para a CMPC. A efetivação da construção tem a ver com o crescimento contínuo de produção que tem tido a fábrica de celulose de Guaíba.
O processo acompanha o modelo, segundo Estima, no qual as operações se iniciam pelo cais público, mas, depois de cativadas as cargas, migram para um greenfield (terreno não consolidado) dedicado àquele transporte. “Iniciamos o estudo das áreas possíveis dentro do Porto para esse investimento, que certamente ultrapassará os R$ 300 milhões”, afirma o superintendente.
Embora tenha ligação com a CMPC, o novo terminal atende, também, às perspectivas de crescimento do segmento florestal no Estado, inclusive com a possível implantação de novas fábricas. “O Porto tem que se preparar para ter um terminal de celulose. As intenções do setor florestal com o Estado são muito fortes, essa cultura vai se firmar cada vez mais no Rio Grande do Sul”, acrescenta Estima, lembrando que uma floresta plantada por aqui consegue produzir comercialmente já no 7º ano, período que chega a 14 anos em outros países.
O superintendente esteve na quinta-feira na Capital para o Fórum Internacional de Infraestrutura e Logística, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, onde apresentou os planos do Piratini para os portos gaúchos. A superintendência será transformada, em breve, em empresa pública, de forma a possuir maior autonomia.
Uma das demandas mais urgentes do segmento, a obra de dragagem de manutenção no Porto de Rio Grande, está se encaminhando para a sua conclusão. De acordo com Estima, 83% da obra já estavam prontos até o começo desta semana. A expectativa é de que a execução seja finalizada em dois meses.
“A obra passou por todas as entidades, foi judicializada, mas agora não vai mais parar”, garante Estima. Depois de concluída, serão mais dois meses para a homologação do novo calado, que só então será conhecido com certeza.
Um dos focos do governo estadual, porém, é de estabelecer um sistema de dragagem permanente, visto como mais barato e eficiente. Estudos sobre a viabilidade de uma parceria público-privada na área já foram iniciados, segundo superintendente.
Outro foco está na ocupação das áreas disponíveis no porto e seu entorno, como o Distrito Industrial. Ao contrário da maioria dos outros portos do País, a unidade de Rio Grande tem vasta extensão de terra ainda a ser utilizada, o que é visto como um diferencial.
“Precisamos de foco para investir onde precisa. A infraestrutura precisa de investimentos, não de mais portos”, afirmou Estima, criticando os planos de construção de um novo porto em Torres, no Litoral Norte, que, na visão do superintendente, serão abandonados após a realização de estudos técnicos de viabilidade.
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