A cooperativa de eletrificação Certel, que já possui três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) próprias e outra em parceria, que somam 20 MW de potência instalada, pretende aumentar seu parque gerador nos próximos anos. Um empreendimento que deve ser desenvolvido em breve é a usina Vale do Leite, cujo início das obras o grupo estima para o mês de outubro. Esse projeto, também uma PCH, será implementado no rio Forqueta, entre os municípios de Pouso Novo e Coqueiro Baixo.
O presidente da Certel, Erineo José Hennemann, comenta que estão sendo ultimados os detalhes quanto aos planejamentos financeiros e ambientais para começarem os serviços. A expectativa do dirigente é que até julho seja possível obter o licenciamento prévio para o complexo. Depois de iniciadas as obras, a perspectiva é que sejam necessários em torno de dois anos para concluí-las. A usina terá 6 MW de potência instalada, volume de energia que seria suficiente para atender a aproximadamente 18 mil famílias.
O investimento estimado na PCH Vale do Leite é de cerca de R$ 40 milhões. Hennemann adianta que a Certel já busca opções de financiamento para materializar a hidrelétrica. A cooperativa também avalia a melhor forma de comercializar a geração do complexo, poderá ser através do mercado livre (no qual grandes consumidores podem escolher de quem vão comprar a eletricidade) ou por meio de leilões de energia promovidos pelo governo federal.
Conforme o presidente da Certel, além da usina Vale do Leite, o grupo tem planos para instalar mais quatro usinas no rio Forqueta nos próximos 10 anos. Esses empreendimentos somariam uma potência de 25 MW e absorveriam um aporte de quase R$ 200 milhões. Apesar dos objetivos traçados na área de geração, Hennemann enfatiza que a cooperativa não irá se descuidar da sua atividade de distribuição.
A Certel, que está inserida em 48 municípios, fornece energia para cerca de 68 mil associados e para este ano calcula em aproximadamente R$ 60 milhões o investimento nesse segmento.