Térmica São Sepé será inaugurada nesta terça-feira

Resultado de um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões, será inaugurada amanhã a termelétrica São Sepé, localizada no município de mesmo nome. O empreendimento tem capacidade instalada de 8 MW e poderá gerar 56 milhões de kWh ao ano a partir da queima da casca de arroz (o suficiente para abastecer uma cidade com em torno de 30 mil residências).

A casca de arroz será fornecida por empresas de oito municípios da região de São Sepé. Por ano, as arrozeiras devem entregar 70 mil toneladas para gerar energia e a cinza resultante da queima será utilizada na produção de cal mista. Durante o período de construção foram gerados 500 postos de trabalho. A partir da entrada em operação comercial, prevista para 1 de janeiro, serão empregados 32 trabalhadores diretos e indiretos.

A cooperativa Creral é a investidora líder do projeto, com uma participação de 30% no empreendimento. A energia a ser gerada foi vendida em leilão, promovido pelo governo federal, por um período de 20 anos. O presidente da Creral, João Alderi do Prado, lembra que a ideia inicial era concluir a planta há cerca de um ano. Porém, o dirigente comenta que o principal entrave que ocasionou o atraso foi a demora na liberação do financiamento proveniente do Bndes, na ordem de R$ 36 milhões, repassado pelo BRDE.

Além da térmica São Sepé, a cooperativa pretende desenvolver mais uma termelétrica, de 5 MW, a ser alimentada com casca de arroz, em Capivari do Sul. "A gente já está com o projeto básico pronto, fizemos a aquisição do terreno e os contratos com as arrozeiras", informa Prado. Em janeiro, deverá ser iniciado o processo de licenciamento ambiental dessa usina. Ainda não foi definido qual será o ambiente para comercializar a geração dessa térmica. Poderá ser através de leilão, do mercado livre (formado por grandes usuários de energia que podem escolher de quem comprar esse insumo) ou destinar essa eletricidade para um bloco de consumidores. O presidente da Creral estima em cerca de R$ 35 milhões o investimento necessário para concluir o complexo. Se tudo transcorrer dentro do planejamento, a unidade poderá produzir energia a partir de 2020.

Outra iniciativa capitaneada pela cooperativa é a pequena central hidrelétrica (PCH) Forquilha IV, que terá 13 MW de capacidade instalada e está em processo de construção. O complexo será instalado entre os municípios de Maximiliano de Almeida e Machadinho, no rio Forquilha, e absorverá um investimento de cerca de R$ 74 milhões. Essa usina foi bem-sucedida em leilão realizado em 2017 e deve ser finalizada no próximo ano.