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Economia

- Publicada em 24 de Agosto de 2018 às 17:13

Caixa reduz taxa de juros para financiamento de imóveis

'Uma notícia esperada pelo mercado há muito tempo', foi como presidente da Caixa classificou anúncio

'Uma notícia esperada pelo mercado há muito tempo', foi como presidente da Caixa classificou anúncio


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Pela segunda vez no ano, a Caixa Econômica Federal, que detém praticamente 70% do crédito imobiliário do Brasil, baixou os juros para a compra e construção de imóveis que utilizem valores das cadernetas de poupança. Desde esta sexta-feira (24), estão vigentes em todo o País as novas taxas, com mínimo de 8,75% a.a. para imóveis que se enquadram no Sistema Financeiro de Habitação (imóveis com valores até R$ 800 mil no Rio Grande do Sul) e de 9,5% a.a. para os outros imóveis e construções, que são contemplados pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
Pela segunda vez no ano, a Caixa Econômica Federal, que detém praticamente 70% do crédito imobiliário do Brasil, baixou os juros para a compra e construção de imóveis que utilizem valores das cadernetas de poupança. Desde esta sexta-feira (24), estão vigentes em todo o País as novas taxas, com mínimo de 8,75% a.a. para imóveis que se enquadram no Sistema Financeiro de Habitação (imóveis com valores até R$ 800 mil no Rio Grande do Sul) e de 9,5% a.a. para os outros imóveis e construções, que são contemplados pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).
Em evento na sexta-feira no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), em Porto Alegre, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, classificou o anúncio como “uma notícia esperada pelo mercado há muito tempo”. Souza ainda fez menção às medidas anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em julho, quando determinou o aumento dos limites para financiamentos para R$ 1,5 milhão por imóvel a partir de 2019. "A antecipação da vigência está sendo estudada, para que, somadas a várias outras medidas, se crie um círculo virtuoso no setor", afirmou.
Além da queda nas taxas, o banco também aumentou a cota de financiamento para 80% do valor do imóvel usado. As últimas mudanças haviam acontecido em abril, quando a Caixa baixou as taxas do SFH e do SFI, respectivamente, de 10,25% e 11,25% para 9% e 10%, que estavam valendo até a semana passada. Na época, a cota financiável dos usados também passou de 50% para 70% do valor do imóvel. Souza também lembrou a queda nas taxas para pessoas jurídicas, anunciado em julho, cortadas em média de 1 a 2 p.p. ao ano.
Com os cortes, Souza afirma esperar um segundo semestre melhor para o mercado imobiliário, após dois anos (2016 e 2017) de dificuldades. “Vemos a confiança de consumidores e da indústria mudando, passando a ter um viés de alta”, afirmou. No primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado, o banco acusa crescimento de 19% nos lançamentos e de 22,7% nas vendas em todo o Brasil. Do orçamento de R$ 82 bilhões para financiamentos imobiliários, R$ 47 bilhões já foram emprestados até junho.
Nas linhas alimentadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) – que são as que são impactadas pelo corte nos juros anunciado na sexta-feira –, o banco afirma já ver uma retomada. O volume de empréstimos, que chegou a ser de apenas R$ 600 milhões por mês no início do ano, agora já passa da barreira do R$ 1 bilhão mensal.
Souza ainda engrandeceu o papel da construção civil no resultado do banco, que atingiu lucro recorde de R$ 6,7 bilhões no primeiro semestre. O presidente da Caixa argumentou que a Caixa está atacando a inadimplência, por meio de uma forte cobrança. “Não queremos tomar o imóvel de ninguém, até porque nos traz um grande custo. Mas, se não o fizermos, compromete até outros lançamentos, por causa das provisões que precisamos fazer pelos atrasos”, comentou.
No evento que reuniu empresários do setor, o presidente do Sinduscon-RS, Aquiles Dal Molin, demonstrou satisfação com o corte nas taxas. “Vai ajudar a dinamizar o setor e a superar essa crise tão profunda que estamos passando”, comentou Dal Molin, que cobrou maior agilidade nos processos de análise da Caixa.
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