Reconhecer a pesquisa que desenvolve o agronegócio também passa por gratular as propriedades nas quais são desenvolvidas e aplicadas as análises. Cinco sistemas de produção com modelo de integração entre lavoura e pecuária, voltados aos ambientes de terras baixas, fazem parte dos experimentos que a Fazenda Corticeiras desenvolve em 18 hectares. Lá são avaliados os critérios de rentabilidade e produção em cenários que envolvem o contraste das variáveis diversidade e intensidade de rotação com o arroz.
A integração envolve desde o cultivo continuado do arroz até sistemas compostos por rotações mais curtas ou mais longas com grãos, incluindo a soja e a pecuária. Em termos de rentabilidade, o estudo, iniciado há pouco mais de quatro anos, mostra o sistema chamado de pingue-pongue, que alterna entre o cultivo de arroz e soja, como o mais vantajoso. O resultado prévio do experimento foi apontado pelo engenheiro agrônomo Felipe Carmona, que coordena a pesquisa, idealizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Irga, Embrapa Pecuária Sul, Embrapa Clima Temperado, Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA) e Integrar, Gestão e Inovação Agropecuária.
Um dos sócios da Corticeiras Agropecuária, José Luiz Agostini, explica que os sistemas apenas terminaram o seu primeiro ciclo de quatro anos, mas salienta que algumas questões da pesquisa já podem ser aproveitadas. Na região da Corticeiras, localizada no município de Cristal, o monocultivo do arroz é predominante. "Esta é uma cultura que em termos de qualidade do solo é bastante agressiva. Com isso, o solo se degrada, do ponto de vista químico-físico", relata o pesquisador.