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Economia

- Publicada em 20 de Agosto de 2018 às 01:00

Grupo de pesquisa da Univates descreve 42 novas espécies de ácaros

Coordenador do estudo, Noeli Juarez Ferla receberá homenagem

Coordenador do estudo, Noeli Juarez Ferla receberá homenagem


/ANA AMÉLIA RITT/DIVULGAÇÃO/JC
A taxonomia é o estudo científico que procura identificar e classificar a fauna e a flora existentes. A área de descrição de novas espécies é o primeiro passo para o aprofundamento de um estudo mais estruturado, capaz de gerar avanços nas relações das novas espécies com o ambiente. No que diz respeito ao estudo dos ácaros, essas relações se mantêm: de guias para o conhecimento dos ácaros presentes na cultura da erva-mate até estudos de controle biológico pensados para substituir o uso de pesticidas ou acaricidas por tecnologia limpa, a pesquisa sobre essa subclasse de aracnídeos é capaz de agregar conhecimentos práticos em diversas áreas da sociedade.
A taxonomia é o estudo científico que procura identificar e classificar a fauna e a flora existentes. A área de descrição de novas espécies é o primeiro passo para o aprofundamento de um estudo mais estruturado, capaz de gerar avanços nas relações das novas espécies com o ambiente. No que diz respeito ao estudo dos ácaros, essas relações se mantêm: de guias para o conhecimento dos ácaros presentes na cultura da erva-mate até estudos de controle biológico pensados para substituir o uso de pesticidas ou acaricidas por tecnologia limpa, a pesquisa sobre essa subclasse de aracnídeos é capaz de agregar conhecimentos práticos em diversas áreas da sociedade.
No Brasil, apenas dois laboratórios de acarologia são referência no serviço taxonômico: o da Universidade de São Paulo e o da Universidade do Vale do Taquari (Univates). Desde 2003, a unidade da Univates realiza pesquisas sobre ácaros e suas relações com a natureza. Em 10 anos, 42 novas espécies de ácaros foram descritas pelo grupo de pesquisa. O primeiro passo para descrever uma novidade acarológica é ter as espécies identificadas previamente nos grupos da acarofauna. Esse fator foi importantíssimo nos rumos de pesquisa do laboratório: "para entender se há uma nova espécie, precisamos conhecer as existentes. Depois disso, resta entendermos se esse novo ácaro está ligado a um determinado problema ou se podemos utilizá-lo em nosso benefício", afirma Noeli Juarez Ferla, coordenador do laboratório.
O grupo de pesquisa tornou-se especialista nas famílias Phytoseiidae, Iolinidae, Cunaxidae, Stigmaeidae, Tydeidae e Tetranychidae, utilizadas na descrição de novas espécies. O processo de descrição é dividido entre a coleta do organismo no campo, a montagem em lâmina e a tentativa de identificação dos fatores de diferenciação. A descrição, em si, é a última etapa, marcada pela comparação detalhada com os demais ácaros conhecidos. Os anos de pesquisa resultaram na descoberta, além das 42 novas, de dois novos gêneros e mais oito espécies que a etapa de identificação não foi concluída. "Existe a necessidade do saber. A descrição dos organismos torna a pesquisa mais independente, sendo capaz de avançar com maior facilidade no campo de estudo", afirma o professor doutor em ecologia e controle de ácaros.
O laboratório de acarologia da Univates é composto por Noeli e por graduandos, mestrandos e doutorandos da própria universidade, bem como pesquisadores de outras instituições que desenvolvem a parte prática da dissertação ou tese no local. "Os alunos fazem as disciplinas nos programas de pós-graduação e depois vêm para o laboratório desenvolver suas atividades", explica. Em 15 anos, o laboratório já desenvolveu diversas pesquisas. Atuando, principalmente, nos temas de controle biológico, taxonomia e sistemática de ácaros e ecologia de ácaros de famílias específicas, o laboratório produziu, de 2005 até hoje, mais de 20 projetos de pesquisa.
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